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COMO SER
APROVADO EM
PROVAS,
EXAMES E
CONCURSOS DE
QUALQUER
NATUREZA
Copyright © by Mathias Gonzalez
Produção e Capa
Mathias Gonzalez
Revisão
Lóide Paixão
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra,
de qualquer forma ou meio eletrônico, mecânico
ou processos reprográficos, sem permissão do
autor.
(Lei nº 5.988, 14/12/1973)
Correspondência para o autor:
email: magoso5@hotmail.com
ÍNDICE
INTRODUÇÃO......................................04
A superaprendizagem pela sugestão
mental......................................................09
Como escolher o material de
estudo......................................................18
Fatores que impedem e limitam a
aprendizagem.........................................26
Como dominar assuntos difíceis...........37
As técnicas que o ajudam a aprender
depressa...................................................41
O que você deve fazer ou não fazer
antes, durante e depois das provas......51
INTRODUÇÃO
Todos os anos, neste país, centenas ou até milhares de
concursos são realizados. São inúmeros empresas e órgãos
públicos federais, municipais e estaduais que abrem as portas
ao ingresso de novos servidores. Desde o momento em que os
jornais, a TV ou emissoras de rádio noticiam a abertura de um
concurso público, ocorrem para a sede das citadas empresas
verdadeiras avalanches de candidatos, todos sequiosos de uma
chance.
Sem dúvida, parece ser o grande sonho de todas as
gerações, contemporâneas e passadas, ingressar no serviço
público. Com a idéia fixa de que nele auferirão vantagens,
trabalharão menos do que no setor privado, terão um emprego
estável e para toda a vida, são pessoas que querem a todo custo
entrar em uma empresa ligada ao governo, mesmo que seja
para assumir um cargo de baixo nível. Afinal, pensam elas,
depois de estarem lá dentro, pleitearão novas promoções.
Mas, até que ponto são verdadeiras as vantagens de se
ingressar no serviço público? O fato de “trabalhar pouco” é
justificado? Os salários são compensadores? Existe a tão
propalada segurança e estabilidade no emprego?
Estou certo de que muitos funcionários públicos não
concordarão com todas as preposições tão largamente
conhecidas, pois, sabem eles, muitas empresas públicas
desenvolvem atividades tão extenuantes e difíceis quanto as
de empresas privadas. Há também o mito do “supersalário”:
de modo geral, acredita-se que todo funcionário público ganha
bons e altos salários. Na verdade, o que se vê amiúde é que as
empresas particulares pagam melhores salários aos seus
executivos que empresas públicas para cargos similares. Talvez
o único item que se justifique seja o da estabilidade no
emprego, uma vez que dificilmente haverá demissão em massa
sem justificativas fortes por parte do governo. Mesmo quando
um determinado órgão é extinto os servidores são alocados
em outras instituições, sem prejuízos aos salários.
O emprego público é, sem dúvida, o sonho de muitos
jovens e adultos e por esse motivo os concursos públicos são
os mais procurados e a concorrência, tão grande. Sabe-se de
fatos curiosos e até ridículos em matéria de concurso público.
Um deles foi de se inscreverem, para preenchimento de dez
vagas para auxiliar de serviços gerais numa prefeitura
interiorana de um certo estado da federação, 45 médicos, 27
engenheiros, 130 professores, 20 economistas, 64 advogados
e mais de 150 outros profissionais liberais em diversas áreas,
num total de 2.137 candidatos! O salário na época equivalia a
dois salários mínimos!
O concurso público é institucional, por essa razão existe
de acordo com a Lei. O Estado deve facultar a todos os cidadãos
a oportunidade de ingressar no serviço público, quer seja
estadual, municipal ou federal.
Se você realmente deseja ingressar num órgão público,
só há um caminho legal: o concurso público. Não pense que
em todo concurso onde se inscreverem milhares de candidatos
suas chances de ser aprovado são remotas. Dependerá de seus
conhecimentos prévios e do esforço que fizer para estar à altura
de competir. Todos recebem a mesma chance, mas poucos
aproveitarão satisfatoriamente.
No momento em que você decidir fazer um concurso,
tenha no mínimo as seguintes coisas em mente:
1.
Convicção de que gostará do cargo ou função a
desempenhar, caso seja aprovado.
2.
Depois de vencida a primeira etapa de
classificação, você deverá se submeter a um exame de
saúde e, por isso, seu organismo terá que estar em ótimo
estado; caso contrário, de nada valerá a primeira
aprovação.
3.
A sua documentação deve estar em dia logo após
o resultado do concurso, pois muitos órgãos fazem a
chamada dos aprovados num tempo relativamente curto
e, se faltar algum documento, você poderá perder a vaga.
4.
Grandes empresas públicas costumam checar as
informações que o candidato dá na ficha de inscrição.
Cuidado para não fornecer dados truncados ou falsos; se
depois de aprovado constarem que houve má fé no
preenchimento das informações, você jamais ingressará
no serviço público, ou ao menos naquela empresa.
5.
Você pode pensar que a sua vida particular não é
do interesse do governo, mas é bom saber que algumas
empresas públicas não dão emprego a pessoas que já
tiveram passagem pela polícia, foram processadas por
cheques sem fundos, se envolveram com contrabandos,
tóxicos, roubos ou assassinatos. Títulos protestados, por
exemplo, são suficientes para vetar o ingresso de muitos
candidatos aprovados. Se sua ficha não está “limpa”, é
bom providenciar uma limpeza rápida, muito antes de se
inscrever num concurso. A boa conduta, segundo os
especialistas em emprego público, é um aval do candidato.
6.
Aptidões que serão exigidas depois da primeira
etapa do concurso, tais como habilitação em determinados
tipos de máquinas ou veículos, datilografia,
conhecimentos outros relacionados com a atividade que
irá desempenhar. Muitos candidatos são reprovados numa
Segunda etapa, o que é lamentável.
7.
Informe-se detalhadamente quanto aos possíveis
locais que você prestará serviço, pois muitos concursos
deslocam novos servidores para cidades distantes, no
interior, ou até ostransferem para outros Estados da
federação. Veja, por exemplo, se tais mudanças de
residência não comprometerão a vida escolar de seus filhos
ou mesmo a sua.
8.
Não pense que será fácil obter promoções num
órgão público. Cada um desses órgãos dispõe de um
regulamento que limita prazos mínimos para que um novo
servidor participe de concursos internos. Algumas
empresas estipulam esse prazo em até três anos e nunca
menos de um ano.
9.
Os proventos de funcionário público sofrem
descontos regulamentares diversos. Saiba que o salário
líquido nunca é divulgado. Mas você pode calcular em
média 15% menos para obter o salário real. Leve em
consideração também que, da data de divulgação do
concurso até a efetiva contratação, o salário sofrerá as
correções devidas.
10. Não crie uma expectativa excessiva de que logo após
a inscrição será feito o concurso. Às vezes eles levam até
um ano para serem realizados. Do mesmo modo, depois
das provas o resultado demora alguns meses ou até anos
para ser divulgado. Há ainda uma espera da convocação
que, em alguns Estados e cidades, pode levar dias, meses
e anos.
11. Ao receber o seu cartão de inscrição guarde-o em
segurança e tire a cópia autenticada, pois, caso venha a
perder ooriginal e na impossibilidade de obter outro, talvez
consiga o ingresso na sala de provas apresentando a cópia
autenticada.
12. Não se deixe abater pelas informações de que existem
milhares de candidatos. As pesquisas mostram que entre
20 e 30% dos inscritos não comparecem às provas ou
chegam atrasados. Outro dado importante é que dos 70 a
80% restantes, pelo menos 60% não se preparam
suficientemente. Somando 60% com 30% você terá 90%.
Isso equivale a dizer que apenas 10% do total de
candidatos é que vão levando as provas a sério, uma forte
razão para você se animar e estudar com afinco.
A superaprendizagem pela sugestão
mental
Atualmente não existe uma única pessoa instruída que
duvide da existência das faculdades adormecidas em nossa
mente. A pesquisa científica tem levado a sério a ioga e a
hipnose, e a parapsicologia tem desvendado alguns antigos
mistérios.
Mas em que estes estudos científicos podem ajudar
você a aprender com pouco esforço? Será que existem técnicas
eficientes que façam a “supermemória” aflorar?
Para algumas pessoas não é mais nenhuma novidade
que praticamente todos nós podemos, sob o efeito da hipnose,
recordar de fatos do passado com uma clareza espantosa. Sabe-
se de que, sob a hipnose, foram capazes de se recordar de
fatos da infância e adolescência como se tivesse acontecido
ontem. Todavia, essas mesmas pessoas, sem o efeito da
hipnose, eram incapazes de recordar a refeição que fizeram
no dia anterior. Ora, isso confirma que a hipnose realmente
funciona! E como fazê-la funcionar para que nos recordemos
de assuntos que estão sendo questionados numa prova? Será
que isso de fato é possível?
Tendo conhecimento da hipnose no meu curso de
Psicologia, constatei ser perfeitamente possível um estudante
recordar toda matéria estudada, respondendo com absoluta
precisão às perguntas que lhe foram feitas sob a hipnose.
Realizei inúmeras experiências com amigos e pacientes
que ficaram surpresos com os resultados. Entretanto, não é
possível um candidato fazer uma nova prova sob o efeito da
hipnose. É absolutamente impraticável! Isto porque é
necessária a presença do terapeuta para conduzir a pessoa
hipnotizada. De acordo com o regulamento dos concursos,
apenas o candidato inscrito é que pode realizar a sua prova,
sendo proibida a participação de outras pessoas.
A hipnose é apenas uma das formas práticas de se obter
uma superlembrança. Só pode ser empregada por um terapeuta
treinado (psicólogo, psiquiatra) e, em termos de aprendizagem,
pode ajudar apenas no sentido de reforçar a autoconfiança do
estudante.
A autoconfiança é, na verdade, uma poderosa mola
propulsora para melhorar a aprendizagem. Todos sabem que
quando os atletas de um time de futebol recebem incentivo e
sugestões de seu treinador que lhes diz: “Vamos vencer, somos
os melhores, vamos vencer!”, os atletas parecem mais
dispostos e apresentam melhores resultados.
Nas diversas modalidades de competição, os atletas
sabem que a autoconfiança é um fator para o sucesso. Quanto
mais ouvirem as palavras “você vai vencer”, mais ânimo e
garra eles demonstrarão. Obviamente, não se trata apenas de
mera sugestão, mas sim de um reforço psicológico ao esforço
físico dispensado nos treinos.
De nada vale um atleta ficar repetindo para si mesmo:
“vou vencer, vou vencer”, se, paralelamente a esta sugestão,
ele não treinar com dedicação e entusiasmo.
Voltemos então à questão da hipnose.
De que modo podemos ativar a nossa “supermemória”
a ponto de nos lembrarmos de tudo quanto gostaríamos,
principalmente na hora de um concurso?
A resposta é: aprenda a sugestionar-se.
Nem todos podem pagar um psicólogo para levá-los à
hipnose e, após algumas sessões de terapia de sugestões,
conseguir mais autoconfiança e entusiasmo para estudar. Mas
todos podem usar os exercícios que testei em dezenas de
pessoas, com absoluto sucesso.
Os exercícios visam apenas a fazer você relaxar o
máximo que puder para, durante esse estágio, seu inconsciente
receber sugestões positivas. É o famoso estado alfa.
Deixarei de lado aqui as razões pelas quais este
processo funciona, pois o tema é bastante complexo e tomaria
certamente toda apostila. Minha finalidade agora é colocar
em suas mãos o método extremamente simples e prático para
usar no mínimo cinco vezes por semana, com o propósito de
melhorar a sua memória e despertar a “supermemória” na
ocasião em que estiver fazendo uma prova.
A primeira etapa dos exercícios está relacionada com
o momento em que você vai aprender. A memória funciona
como uma gaveta imensa, que você abre e joga lá dentro
milhares de coisas por dia, a cada mês e durante anos. Dentro
da gaveta tudo fica desarrumado e em tamanha desordem que,
no instante que você deseja “pegar” alguma coisa, leva um
tempo enorme para “encontrar” e às vezes desiste de procurar.
A nossa memória é muito perecida com uma gaveta.
Os assuntos mais recentes ficam na “superfície” da
memória, assim com os últimos objetos jogados na gaveta.
Quando você recordar de um fato recente se torna mais fácil
do que se lembrar de fatos do passado longínquo. Você pode
estar dizendo agora: “Eu me recordo com mais facilidade de
fatos passados do que dos mais recentes”. Isso pode acontecer
mas, só ocorre em situações especiais ou, melhor dizendo,
“marcantes”. É o mesmo que você jogar em sua gaveta um
objeto raro, brilhante e atraente. Mesmo ficando no fundo,
coberto por outros objetos de menor importância, você poderá
achá-lo quando desejar. A lembrança só ocorre quando o fato
ocorrido nos marcou de alguma forma. Por essa razão, algumas
pessoas conseguem se recordar de fatos da infância longínqua.
Comentarei em um outro capítulo que o interesse é
um ativador do poder de retenção da memória. Deste modo,
creio que no momento em que você decida estudar, deva estar
extremamente motivado, caso contrário, o assunto será
misturado na sua “gaveta” como se fosse algo sem valor e no
instante em que você quiser recuperá-lo será difícil encontrar.
Exercício n. 01 - Relaxar a mente antes de estudar
É como se você fosse buscar um espaço reservado na
“gaveta” para guardar os assuntos que irá estudar. É necessário
acalmar a mente, repousar o espírito das agitações, ansiedades,
preocupações e tudo mais que irá intervir na sua capacidade
retentiva.
1. Isole-se em um lugar sem ruídos onde não possa
ser interrompido.
2. Deite-se ou sente-se o mais relaxadamente possível.
Se preferir deitar, que seja de costas voltadas para
o apoio e os braços ao lado do corpo.
3. Feche os olhos para ajudar na concentração.
Imagine que está olhando para o alto de sua cabeça.
4. Observe a sua respiração. Concentre-se no ar frio
que entra em seus pulmões, e perceba que sai
quente. Perceba como seu estômago infla junto com
seus pulmões, fique atento ao som de sua
respiração. Respire o mais profundamente que
puder.
5. Após alguns minutos de inteiro abandono do seu
corpo e de ficar apenas observando a sua
respiração, diga em voz baixa as seguintes
palavras: RELAXE, RELAXE, RELAXE. Ao dizer isto, sinta
seu corpo inteiro relaxando por completo. Bastará
você repetir estas palavras para seu corpo lhe
obedecer. Nas primeiras tentativas, pode ser que
não ocorra um relaxamento total, porém, com o
passar dos dias, seu corpo obedecerá prontamente
às suas sugestões.
6. Quando sentir que o corpo e a sua mente estão
tranqüilos, calmos e relaxados, diga as seguintes
frases, procurando sentir a emoção do que elas
representam em sua vida:
“EU ADORO APRENDER, MINHA MENTE APRENDE COM EFICIÊNCIA E
FACILIDADE; EU ATINGIREI TODOS OS MEUS OBJETIVOS. TUDO O QUANTO
IREI ESTUDAR AGORA FICARÁ GRAVADO EM MINHA MEMÓRIA E PODEREI
LEMBRAR QUANDO DESEJAR, TENHO UMA BOA MEMÓRIA, APRENDO COM
FACILIDADE.”
Algumas pessoas perguntam quanto tempo deve-se
ficar observando a respiração, repetindo as palavras “relaxe,
relaxe, relaxe”, ou reiterando as sugestões. Digo-lhes que
no máximo vinte minutos devem ser gastos em todo o
exercício. Saiba aproveitar o seu tempo. As sugestões são
importantes, mas não terão validade alguma se você não
souber transformá-la em realidade, dedicando-se aos estudos.
Após se sentir confiante, logo que acabar o exercício,
entregue-se à leitura dos assuntos do programa estabelecido
para o concurso e faça valer a sugestão que deu a si mesmo.
Pense sempre nos benefícios que você terá se for
aprovado. Veja-te sempre como vencedor. Mantenha esta
imagem de si mesmo como alguém que já foi aprovado, mas,
enquanto o dia do concurso não chega, você deve estudar o
máximo que puder. Faça disso uma verdadeira guerra de vida
ou morte. Entregue-se ao prazer de estudar, sinta vontade de
saber mais. É gostoso quando se abre um livro e se sabe tudo
o que está escrito ali. É sensacional responder a qualquer
pergunta que nos façam acerca de determinados assuntos.
Ficamos com uma sensação de importância e superioridade
gratificantes.
Exercício n. 02 - Relaxar a mente antes da prova
Se você já participou de algum concurso, sabe como
se sentiu antes de receber as provas, durante o recebimento e
depois que começou a responder as questões. O nervosismo
é muito evidente e a ansiedade, imensa. As mãos começam
a transpirar, alguns sentem distúrbios intestinais, outros têm
acessos de tosse ou espirram terrivelmente. Alguns
pigarreiam sem parar. Há aqueles que fumam como loucos.
Poucos são os que se conservam calmos, tranqüilos e
sorridentes de verdade. (Muitos sorriem de nervosismo.)
O momento da prova é um momento sublime. É o
instante em que você deve estar o mais tranqüilo possível,
sem ansiedade, nervosismo ou afobação. É um momento tão
importante que mereceu considerações especiais em um
capítulo deste livro: “O que você deve fazer antes, durante e
depois das provas”.
Este exercício vai fazê-lo relaxar a tal ponto que será
como se você estivesse realizando uma auto-hipnose, onde
sua mente trará à tona todas as respostas que você necessita.
Vamos ao exercício.
1. Sentado na posição correta de quem vai escrever
ou assistir uma aula, feche os olhos (não se importe
com as outras pessoas, elas pensarão que você está
adormecendo).
2. Respire o mais profundamente que puder, iniciando
por observar sua respiração. Faça isso sem pressa.
3. Repita mentalmente para si mesmo: “RELAXE,
RELAXE, RELAXE” ; sinta seu corpo tranqüilo e
rapidamente você estará em estado Alfa.
4. Repita para si mesmo mentalmente:
“ TEREI AS RESPOSTAS CERTAS PARA TODAS AS PERGUNTAS. LEMBRAR-
ME-EI DE TUDO QUE PRECISO SABER. MINHA MEMÓRIA ESTÁ ALERTA,
MINHA MENTE LÚCIDA E TRANQÜILA”.
É bom que você tenha praticado inúmeras vezes os
exercícios que lhe dei, pois o costume terá condicionado a
sua mente a tal ponto que, no momento em que começar a
dar respostas, ficará surpreso de como se lembra com
facilidade do que estudou.
É importante lembrar que numa memória (a sua)
jamais podem ser encontradas coisas que não foram
colocadas lá. É como ocorre com a gaveta, se você não jogou
dentro dela um pedaço de barbante azul nem adianta remexê-
la, pois não o encontrará lá.
É fundamental que você leia todos os assuntos
mencionados no programa. Alimente a sua memória com
todas as coisas que presume serem importantes. Releia
centenas de vezes os textos de difícil compreensão, só assim
sua memória ficará marcada, e as chances de você ao menos
lembrar dos assuntos será grande.
De nada valerão os exercícios se não houver
dedicação, de sua parte, para os assuntos. De um modo geral
os exercícios visam a livrá-lo da ansiedade, do nervosismo,
ou seja, dos bloqueios que impedem a sua aprendizagem.
Sempre que você for realizar uma tarefa que exija
grande esforço de sua mente, faça alguns minutos de
concentração, recorde-se dos exercícios e repita as frases
afirmativas. Não é necessário repetir as mesmas frases que
eu sugeri. Faça você mesmo as frases que criem em sua mente
a autoconfiança e o entusiasmo. Essa é a maneira mais segura
de aprender tudo o que você deseja.
Como escolher o material de estudo
Se você já fez a sua inscrição para um determinado
concurso ou já foi informado sobre a data da prova, eis o
momento de escolher o material que vai utilizar para estudar.
Um construtor, após elaborar o projeto de uma casa e
delimitar na planta o tamanho e localização dos cômodos,
só poderá iniciar seu trabalho quando tiver o material, ou
pelo menos parte dele, ao seu dispor; do contrário, a casa
não sairá do projeto. Do mesmo modo como o construtor
usará pedras, areia, cimento e tijolos para edificação da casa,
você precisa ter às mãos livros, apostilas, informações
disponíveis sobre os temas que irá aprender. Isto pode perecer
uma tarefa simples, porém, saiba que a qualidade do material
que escolher será determinante para que você alcance um
bom resultado. Um construtor que use material de terceira
categoria construirá uma casa de péssima qualidade, incapaz
de suportar as intempéries.
O programa do concurso será, a partir de agora, a sua
“planta baixa” e você deverá tê-lo sempre à mão enquanto
estuda, caso contrário, poderá esquecer-se de algum assunto
importante. Imagine o que aconteceria se, no dia da
inauguração de uma casa, com todos os convidados reunidos
para comemorar e brindar, por um descuido do construtor,
ela não tivesse telhado... e desabasse uma tempestade.
Às vezes isso ocorre com candidatos a concursos.
Estudam muitos assuntos e se esquecem de alguns que são
indispensáveis. A falha reside em não usar o programa do
curso como roteiro básico.
Todos os concursos que se prezam dão aos candidatos,
no momento da inscrição, um programa detalhado,
especificando todos os assuntos importantes a serem
estudados. Guarde consigo aquela relação e, caso a perca,
volte ao local onde se inscreveu para conseguir outro
programa, ou peça a uma pessoa que também tenha feito
inscrição. Alguns jornais especializados costumam publicar
o edital na íntegra. Verifique na redação desses jornais quais
as edições em que foram publicados o edital e o programa
do concurso que irá fazer. Esta é apenas uma maneira prática
de obter, de modo efetivo, um programa efetivo, um programa
perdido. Todavia, o melhor que você tem a fazer é tirar
algumas cópias dele assim que o tiver em mãos. Prevenindo-
se contra o extravio, você terá assegurado o primeiro grande
passo para o sucesso no concurso desejado.
Apostilas
Antes mesmo do programa de um concurso ser
divulgado, você encontrará, espalhadas por bancas de
revistas, livrarias e pontos de camelôs, apostilas que
pretendem conter “todo o programa oficial”. Você deve
adquirir tais apostilas antes de ter em mãos o programa
entregue diretamente pelo órgão responsável pelo concurso.
É preciso que você saiba que 70% das apostilas
lançadas no mercado são mal elaboradas, cheias de erros e
inadequadas ao estudo. Muitas (as melhores) não passam de
cópias mal feitas de textos de livros, apostilas antigas, coisas
que qualquer um pode fazer.
Tenha muita cautela ao pagar preços exorbitantes por
determinadas apostilas, pois nem sempre valem o preço do
papel. Não existe nenhuma fiscalização por parte dos órgãos
públicos no sentido de coibir os abusos desses pretensos
professores e elaboradores de apostilas e cursinhos.
A maior parte das apostilas que existem à venda são
confeccionadas às pressas, e tudo indica que seus
elaboradores têm o propósito de resumir os assuntos que
deveriam ser estudados com profundidade. Assim é que
recomendo a máxima atenção na escolha de uma apostila.
Siga as “dicas” que lhe dou e você terá êxito:
Ø
Compare os assuntos do programa oficial com as
matérias e assuntos constantes nas apostilas que você quer
comprar. Algumas não são completas e às vezes possuem
um índice falso que, para o leitor precipitado, dá a
impressão de que a apostila está completa.
Ø
Verifique totalmente a apostila e, se possível, procure
identificar a quantidade de matéria existente para cada
assunto. Se perceber que não fizeram uma exposição
detalhada de cada item do programa oficial não adquira a
apostila, pois de qualquer modo teria que pesquisar em
outros livros para complementar seus conhecimentos.
Ø Em praticamente todas as cidades existem empresas,
cursinhos e mesmo professores já tradicionalmente
conhecidos por elaborarem boas apostilas. Caso inexistam
cursinhos tradicionais que lhe dêem ao menos uma prévia
segurança do material que você quer adquirir, esteja atento
para os detalhes que exponho nestas “dicas”.
Ø Cuidado com os preços exorbitantes. Nem sempre o mais
caro é o melhor. Compare os preços das diversas apostilas
que encontrar disponíveis para compra. Opte sempre pela
mais completa.
Ø Esteja atento à encadernação da apostila. Algumas são tão
mal encadernadas que largam as folhas após a primeira
leitura. A menos que você possa reencadernar o material
adquirido, evite o descontentamento de perder páginas
importantes.
Ø Antes de comprar uma apostila, certifique-se de que todas
as páginas estão perfeitas, pois não é raro ocorrerem
defeitos de impressão.
Livros
Se você quer realmente ser aprovado em concurso,
saiba que os livros serão as mais importantes ferramentas de
trabalho que lhe conduzirão ao êxito. Quais os livros que você
deve selecionar par o seu estudo? Onde encontrá-los? As
respostas estão nestas orientações:
Ø Cuidado com livros antigos e desatualizados. Muitas
pessoas estudam nesses livros e acabam obtendo
informações ultrapassadas. A menos que não encontre em
edições novas os assuntos que você deseja, jamais compre
ou estude em livros com mais de cinco anos de publicação.
É obrigatório em que todos os livros didáticos conste a
data de publicação. Procure-a nas primeiras páginas, antes
do sumário.
Ø Vá a bibliotecas públicas ou entidades que estão
promovendo o concurso e faça um levantamento dos livros
que lhe interessam para o estudo. Se puder pegá-los
emprestados, pesquise neles, tome notas ou compre um
exemplar daqueles que julgar mais importantes.
Ø Tire cópias de livros, selecionando apenas os assuntos que
lhe interessam; é uma forma excelente de economia, pois
evitará despesas na compra de um exemplar que após o
concurso se tornará inútil.
Ø É sempre bom ter diversos livros que tratem dos mesmos
assuntos. A linguagem de certos autores é por demais
técnica e pode dificultar a compreensão. Tendo em mãos
vários textos, você terá facilidade de fazer comparações e
adotar o que for mais claro e objetivo.
Provas anteriores
É certo que a maioria dos concursos públicos não
divulgam a posteriori o resultado das provas ou fazem
comentários sobre elas. Julgo essa atitude um desrespeito para
com os candidatos, que deveriam ao menos saber que nota ou
classificação obtiveram. A maioria dos concursos apenas
divulgam a famosa “lista dos aprovados”. Seria bom se também
exibissem as provas com os respectivos gabaritos, pois isso
auxiliaria outros candidatos a terem idéia do tipo de prova e
dos assuntos mais importantes.
Se você vai prestar exame vestibular, é sempre bom
pegar provas de dois ou três concursos anteriores e identificar
os assuntos mais solicitados. As questões mais difíceis devem
ser objetos de estudo. Assinale nos seus livros e anotações os
principais assuntos pedidos nas provas anteriores para poder
nortear seus estudos.
Quando se tratar de provas curriculares ou
acadêmicas, você também pode pesquisar com colegas de
outras turmas que se submeteram aos mesmos testes e, a partir
deles, saber os assuntos mais solicitados pelo professor da
disciplina. Alguns professores às vezes repetem as mesmas
provas dos períodos ou semestres passados. Você pode se
prevenir estudando os testes ou provas já realizados em outras
turmas do mesmo curso que você estuda. Sabe-se de alguns
professores que têm preguiça de elaborar a cada ano novas
provas e testes. Esteja atento a essas “bobeadas” docentes e
tire proveito delas.
Mesmo que você não possa dispor de provas de
concursos passados, converse com uma ou duas pessoas que
já as fizeram. Suponhamos que você vai fazer um concurso
para fiscal de ICM. Será bom descobrir qual foi a data em
que o órgão fez concurso e contactar com fiscais de ICM. É
quase certo que lhe darão ótimas “dicas” sobre os assuntos
mais solicitados em provas. A menos que o último concurso
tenha sido realizado há muitos anos, será sempre bom fazer
este tipo de consulta. Normalmente as pessoas aprovadas e já
empregadas sentem um certo orgulho e vaidade em ajudar os
novos aspirantes. Se você disser que precisa desesperadamente
de algumas orientações, seus futuros colegas não negarão
ajuda.
Cadernos , lápis etc
Selecionar o material de estudo é uma tarefa muito
importante quando você quer, de fato, se preparar para ter
sucesso. Alguns cadernos não são práticos e funcionais. Você
deve adquirir cadernos de tamanho médio (nunca grande) e
que tenham espiral. Além de poder abri-los à vontade, ainda
lhe oferecem a vantagem de tirar as folhas, sem danificá-los.
Escolha cadernos com no máximo 200 folhas, pois
ficará mais fácil transportá-los em uma bolsa para onde quer
que você deseje estudar.
Lápis, borracha, canetas e pincéis também devem
fazer parte do material selecionado para seu estudo. Não
esqueça de colocar tudo em um estojo, que pode ser até mesmo
uma pequena sacolinha de pano que você mesmo confeccione.
Cuide que na boca do saquinho fique um barbante para amarrá-
lo. Esta é uma forma de ter suas canetas e lápis bem guardados
e disponíveis a qualquer hora. Algumas pessoas gastam 20%
do tempo que deveriam usar para estudar à procura de certos
materiais, que parecem sumir exatamente no momento em que
precisam deles.
Borracha, apontador, régua, compasso e outros
instrumentos de estudo devem estar sempre à mão quando as
matérias a serem estudadas requerem o uso deles. Não se pode
conceber que um candidato à prova de Geometria não tenha
estudado com réguas, compasso, transferidor, lápis e borracha.
Infelizmente algumas pessoas o fazem e, lamentavelmente,
nunca são aprovadas.
Uma boa calculadora pode ajudar em muito durante
os seus estudos. A única observação a fazer é que se ela não
puder ser usada durante a prova, então será melhor abandoná-
la desde já, pois precisará de muita prática nas operações
simples de somar, multiplicar, subtrair e dividir. Não se deixe
viciar pelo uso abusivo de calculadoras. Algumas pessoas
embotam de tal forma o raciocínio que ficam incapazes de
fazer uma simples operação aritmética.
Quando você tiver certeza de que permitirão o uso
de calculadoras de bolso durante a realização de uma prova,
então comece a usá-la desde a fase preparatória.
As canetas finas de várias cores, do tipo hidrocor,
devem fazer parte de seu material de estudo, pois sempre
poderão ser usadas para sublinhar e destacar alguma coisa
importante. Dê preferência às cores vivas, como vermelho,
verde e azul.
Todo material de estudo deve ser acondicionado numa
pasta ou caixa que seja de uso exclusivo. Não misture os livros
selecionados para o seu programa de estudo com romances
ou outro tipo de literatura diferente (a menos que os romances
façam parte do material) . É importante você ter tudo reservado
e selecionado. Estudar parece ser algo divertido, e realmente
o será, somente se você levar a sério. É o mesmo que você
desejar jogar uma partida de xadrez e ter à mão o tabuleiro e
todas as peças, sem faltar uma.
Fatores que impedem e limitam a
aprendizagem
Por que algumas pessoas sentem dificuldades em
aprender?
Por que outras conseguem bons resultados em provas
e testes, tendo às vezes estudado por pouco tempo, e outras,
mesmo tendo dedicado muitas horas, jamais conseguem
resultados positivos? O fator inteligência influi na
aprendizagem ou é um fator de pouca relevância?
Para esclarecer de uma vez por todas as informações
necessárias para que você descubra o que pode interferir na
sua aprendizagem, definamos minuciosamente os três tipos
de fatores que influem negativamente no processo de
aprendizagem. São eles:
Fatores ambientais
Temperatura excessivamente baixa ou alta, no
ambiente de estudo, provoca um desconforto físico e,
consequentemente, psicológico no estudante, interferindo na
sua concentração. Ao isolar-se para estudar, cuide para que a
temperatura do ambiente esteja agradável e suas roupas,
adequadas e confortáveis. Correntes de ar ou abafamento
provocam alterações fisiológicas no corpo humano e interferem
no sistema nervoso, levando quase sempre ao nervosismo, que
gera um bloqueio da memória. Quer esteja em casa ou numa
que o brilho destas lâmpadas não interferem na leitura. Faça
um teste consigo mesmo e descubra que tipo de luz artificial
melhor se adapta ao seu caso. Uma pesquisa que eu mesmo
realizei em uma turma de 120 alunos de segundo grau
comprovou que 80% deles preferiam as lâmpadas fluorescentes
às demais. Para que você consiga ler durante longo período de
tempo faz-se necessária a luminosidade ideal, nem muito
intensa, nem muito fraca.
Postura corporal é outro fator de interferência na
aprendizagem. Ao sentar-se numa cadeira muito dura, você
mudará instintivamente de posição, à procura de uma postura
mais confortável. Enquanto seu corpo sofre este desconforto,
sua mente sai de sintonia, ou seu sistema nervoso entra em
estresse. Procure sentar-se corretamente ao se posicionar para
estudar, quer numa sala de aula ou em casa. A postura ideal é
aquela em que você se senta ereto, com as costas no espaldar
da cadeira, mantendo os ombros nivelados e o pescoço firme.
Ao escrever ou tomar notas de uma aula, providencie para
que o papel esteja bem posicionado, do lado em que você
escreve, sempre mantendo-o um pouco inclinado (oblíquo)
em relação ao seu braço. Não se debruce sobre o papel. Evite
também assentos muito confortáveis, com poltronas, que
acabarão por relaxá-lo excessivamente, fazendo com que você
adormeça após algum tempo. O mesmo pode ocorrer quando
se estuda deitado. A posição cômoda de uma cama fará o seu
inconsciente, condicionado a dormir naquela posição, se sentir
sonolento.
Ruídos estridentes, compassados ou não, são
extremamente estressantes para qualquer estudante. O nosso
sistema auditivo precisa estar livre de excitações de quaisquer
espécies para que a mente trabalhe com eficiência. Você pode
estudar em um ambiente barulhento e em outro tranqüilo para,
então, avaliar os resultados da sua aprendizagem.
O ruído da TV, do rádio ou de outros aparelhos
sonoros interferem negativamente na sua concentração. Os
estudiosos desse setor afirmam que nossa mente, consciente,
só consegue fixar as informações quando a concentração é
total. Isso quer dizer que se introduzirmos sinais sonoros e
visuais, simultaneamente, em nossa memória ela terá
dificuldade em fixar todas as impressões recebidas. Ora poderá
fixar impressões sonoras, ora impressões visuais. Isso equivale
a dizer que enquanto você estiver lendo um livro num ambiente
cheio de ruídos, sua mente oscilará na fixação das impressões
chegadas até ela. Por alguns segundos você “se esquecerá” do
que lê para dar atenção àquilo que ouve. Isso ocorrerá durante
todo o tempo em que durarem os ruídos, podendo estes, às
vezes, eliminar completamente o seu interesse por aquilo que
lê.
Esse fato ocorre com freqüência quando estudamos
com aparelho sonoro tocando música. Certas canções nos
arrebatam o espírito a ponto de esquecermos por completo
aquilo que estamos estudando, e, quando nos dermos conta, já
se passarem muitos minutos ou até horas. Se quiser obter o
máximo de rendimento dos seus momentos de estudo, desligue
todos os aparelhos de som e elimine ao máximo os ruídos que
existam no seu ambiente de estudo.
Existem outras interferências visuais ou táteis que
prejudicam a aprendizagem. Poderíamos citar, por exemplo,
o fato de a todo instante você ter que atender o telefone que
toca, ou a campainha, deixando a leitura de lado. Nesses
intervalos, a sua mente perderá o “fio da meada”, sua
concentração ficará prejudicada e, consequentemente, você
não aprenderá tanto quanto deseja.
Quando no ambiente que você estuda existem pessoas
que ficam andando de um lado para outro, entrando ou saindo
da sala, tais movimentações distraem a sua mente e você perde
a concentração. Evite tais perturbações durante o seu período
de estudo. Numa sala de aula (caso você freqüente algum
cursinho preparatório), não sente-se no fundo, ou próximo a
colegas que gostam de conversar. Os piores lugares para se
assistir a uma aula são:
ü No fundo da sala (má audição e visibilidade do quadro);
ü Próximo a colegas tagarelas;
ü Em frente a janelas (distraem a mente e os olhos);
ü Em frente a portas (distrações e correntes de ar);
ü Nas laterais (que podem dificultar a visão do quadro);
ü Muito próximo ao quadro (dá ao corpo uma postura
incômoda).
Passemos, agora, aos demais fatores bloqueadores da
aprendizagem:
Fatores Psicofisiológicos
Certos fatores ambientais estão entrelaçados com os
fatores psicofisiológicos tais com ruídos, postura corporal etc.
Isto porque o ambiente provoca modificações fisiológicas e
psicológicas nos indivíduos. Entretanto, independente do
ambiente, outras causas interferem negativamente no processo
de aprendizagem, sendo possível também eliminá-las ou tratá-
las para que se consiga melhor aproveitamento dos períodos
de estudo.
O sono, quando ocorre nos momentos adequados, ou
seja, no instante em que o corpo precisa recarregar as células
nervosas com energia, por um período que varia entre seis e
nove horas diárias, é tido como saudável e natural. Todavia,
quando ocorre exatamente nos momentos de estudo, então algo
de errado está acontecendo. Do mesmo modo que você não
deve estudar quando estiver sonolento, pare as atividades
intelectuais se sentir sono. As duas coisas não podem ser
conciliadas. Alunos que dormiam poucas horas de sono por
dia dificilmente conseguiam bons resultados nos exames,
segundo constatou uma pesquisa realizada nos Estados Unidos
recentemente. O melhor é descobrir o período ideal de sono
que se deve dar ao corpo, e preenchê-lo totalmente. Durma o
suficiente para quando for estudar não sentir sono. Se isso
acontecer, desperte de qualquer maneira. Existem algumas
formas de fazer isso, uma delas é tomar um rápido banho frio,
ou um café quente. A cafeína age como estimulante do sistema
nervoso, bastando uma xícara grande para despertá-lo do sono
iminente. Evite misturar café com bebidas alcoólicas ou Coca-
Cola, como fazem alguns. Não é raro os hospitais receberem
pessoas drogadas com tais misturas. O café puro é uma
recomendação antiga e que também tem um efeito psicológico
muito grande nos estudantes. Pelo simples fato de acreditar
que vão ficar despertos após ingerirem uma xícara de café,
acabam se sugestionando e ficando realmente despertos... antes
mesmo de a cafeína atingir o sistema nervoso.
O cansaço físico e mental é algo bastante comum nos
dias de hoje. Todos vivem cansados do corre-corre diário e
dificilmente conseguem refazer as energias corporais antes
de iniciar um período de estudo. O rendimento escolar de
alunos que freqüentam cursos noturnos é 30% mais baixo do
que os demais que estudam pela manhã e 20% menor do que
os que estudam no turno vespertino. Isso deve estar relacionado
ao desgaste físico e emocional que alguns alunos sentem ao
longo de um dia ou um turno de trabalho. É óbvio que pela
manhã as energias estão intactas, sendo consumidas
gradativamente nas atividades rotineiras do dia. É de se esperar
que uma pessoa cansada tenha a sua capacidade de aprender
reduzida. Minha recomendação é que você procure descansar,
repousar pelo menos alguns minutos antes de iniciar o período
de estudo. Relaxar a mente e o corpo é fácil e só requer algum
treino; com o passar do tempo, será automático, bastando você
deitar e fechar os olhos. Descanse pelo tempo que for
suficiente, caso contrário de nada adiantará empregar o seu
tempo para estudar. O seu rendimento é o que importa. Melhor
é estudar trinta minutos diários e aprender tudo do que fazê-lo
por duas horas e não aprender nada.
As doenças são outro fator bloqueador da
aprendizagem, do mesmo modo que o cansaço debilita o
organismo, deixando-o sem disposição e apático. Se quer
estudar para aprender, cure as suas dores de cabeça e mal-
estares antes de sentar-se para ler. Dificilmente uma pessoa
sentindo dores de estômago, cabeça, dentes, ouvidos ou
qualquer outro tipo de mal-estar terá um rendimento
satisfatório nos estudos. Faça exames médicos para eliminar
males crônicos. Muitas pessoas sentem dor de cabeça ao iniciar
uma leitura ou, decorridos alguns minutos, sentem um imenso
cansaço mental. Um bom oftalmologista lhe indicará lentes
adequadas para uma leitura agradável.
A ansiedade é um fator terrível no bloqueio da
aprendizagem. Existem muitas causas para a ansiedade:
ü Preocupações
ü Angústias
ü Inseguranças
ü Medos
ü Intranqüilidade
Todas as vezes em que nossa mente está permeada
desses sentimentos ficamos “ansiosos”. Baseados numa lei
da Física, que afirma que dois corpos não podem ocupar o
mesmo lugar no espaço, deduzimos que a mente não pode
absorver informações e conhecimentos se estiver “preenchida”
por sentimentos fortes.
Você sabe o quanto isso é verdadeiro pois, no
momento em que estamos com algum tipo de problema,
dificilmente conseguimos nos concentrar numa exposição dada
em sala de aula, a menos que o assunto nos seja do mais alto
interesse. Nossas preocupações “enchem” a mente, impedindo-
a de absorver outras informações ou de aprender com precisão.
O melhor a fazer é tomar consciência da importância do seu
período de estudo. Nada, coisa alguma deve se misturar àquele
momento. Decida que não dará importância aos seus problemas
e ansiedades por trinta minutos, só depois é que se preocupe
com eles. Recuse-se a se deixar levar pelos devaneios enquanto
estuda.
Obriga-se a voltar ao início todas as vezes que se der
conta de que não estava totalmente concentrado.
O desinteresse figura como um dos fatores que
limitam e bloqueiam a aprendizagem pois, se de houver de
sua parte interesse em aprender alguma coisa, de pouco valerão
as técnicas empregadas, a eloqüência do professor ou a riqueza
do material didático. Você só aprende aquilo porque se
interessa, não há meio termo.
Este livro, por exemplo, já está sendo lido por você
porque possui alguma coisa que lhe interessa, caso contrário,
estaria empoeirando na prateleira de uma livraria. Mesmo que
estivesse momentaneamente desinteressado em aprender as
técnicas para aprender a estudar, você o leria sem fixar alguma
coisa. Ou seja, você teria olhado as páginas, as letras e as
palavras, porém as idéias não teriam sido absorvidas por sua
memória, por sua mente consciente. Seu precioso tempo teria
sido simplesmente desperdiçado. Para superar esse bloqueio
só há uma coisa a fazer: acenda a chama do interesse por tudo
que precisa aprender, e você aprenderá facilmente.
O quociente da inteligência também é outro fator
limitante em algumas aprendizagens.
Uma certa corrente de psicólogos não aceita o fato
de que a memória de um indivíduo determina o seu quociente
de inteligência. Dizem os partidários dessa teoria que a
memória e a inteligência são distintas e independentes. Isso
pressupõe que um indivíduo possa ter notável habilidade para
encontrar soluções de problemas mas possua péssima memória.
Outra corrente de psicólogos porém (e eu me incluo nela),
admite que a memória e a inteligência estão interligadas e que
a aprendizagem só ocorre quando ambas estão num nível
considerado normal dentro de uma média. Creio que você,
possuindo uma boa memória e uma inteligência dentro da
média (QI = 110) terá mais facilidade em aprender do que outros
que estejam abaixo da média. E a facilidade tenderá a aumentar
quanto maiores forem o QI e a capacidade retentiva da memória
de um indivíduo.
Fica então estabelecida a polêmica, uma vez que tanto
a memória quanto a inteligência são mensuradas por padrões
globais. O que interessa, todavia, é sabermos que uma pessoa
com QI baixo terá dificuldade de aprender. Resta saber se é
possível melhorarmos nossa inteligência e, assim,
conseguirmos um melhor rendimento dos estudos. Sou
partidário de que qualquer indivíduo pode melhorar a sua
inteligência se exercitar constantemente o raciocínio. Quanto
mais estiver envolvido em encontrar soluções e respostas, mais
e mais se ampliará a capacidade intelectiva e de compreensão.
O hábito de leitura, de expor idéias, através da escrita, ajuda a
desenvolver oraciocínio e, consequentemente, melhora o poder
de aprendizagem.
Fatores antipedagógicos
Estes são os fatores relacionados com o material de
estudo ou mesmo a forma com que ele é apresentado.
Material ilegível bloqueia e reduz a capacidade de
compreensão por parte do estudante. Letras muito pequenas,
borradas, apagadas ou mal impressas constituem barreiras para
a boa leitura e, consequentemente, impedem a absorção dos
conhecimentos ali contidos. Evite adquirir livros que possuam
estas características.
Um vocabulário difícil e cheio de termos
desconhecidos também diminui em muito a capacidade de
aprendizagem por parte do estudante. Desperdiça-se um tempo
precioso na consulta a dicionários e, deste modo, perde-se a
concentração e o famoso “fio da meada”, tão importante
quando se lê um texto. Prefira autores que se expressem clara
e naturalmente àqueles que tornam os assuntos complexos pelo
uso de uma linguagem erudita e excessivamente rebuscada.
Por vezes encontramos textos tão difíceis que até mesmo os
próprios autores teriam dificuldade em entendê-los. Quando
se tratar de livros técnicos, o ideal é ter-se à mão um dicionário
específico da ciência que se precisa estudar. Suponhamos que
você tenha que estudar para um concurso na área de
Biomedicina. Obviamente seus livros versarão sobre temas
científicos ligados à Medicina e Biologia, fazendo-se
necessário o uso de um dicionário de Biologia e Medicina
para entender as palavras e termos técnicos específicos.
Quando você está em uma sala de aula tentando
aprender determinados assuntos mas não consegue ouvir o
professor, dificilmente dirá que aprendeu alguma coisa, não é
mesmo? Para evitar este bloqueio, posicione-se numa distância
que permita ouvir nitidamente tudo quanto é transmitido, caso
contrário terá uma enorme perda de tempo e desgaste mental
e precisará estudar outra vez toda a matéria.
Alguns professores possuem cacoetes horríveis que
bloqueiam, distraem ou irritam alguns alunos mais sensíveis.
Eis alguns deles:
Ø Ficar andando de um lado para outro sem
Ø parar.
Ø Repetir a toda hora expressões como “estão
Ø entendendo?”, “certo?”, “realmente” e
Ø outras.
Ø Passar constantemente a língua nos lábios.
Ø Usar roupas, ou fazer gestos, sensuais.
Como você nota, tais coisas podem distrair, em boa
parte do tempo, a mente dos estudantes, conduzindo-os a um
estresse psicológico e, consequentemente, desviando a atenção
do principal motivo que os levou à sala de aula. Dificilmente
devemos bloquear os cacoetesdos professores, mas podemos
aprender a focalizar a nossa mente no que nos interessa, como
veremos no próximo capítulo.
Todas as interferências negativas, quer do ambiente,
do material, psicológicas ou provocadas por outras pessoas,
são desafios que necessitam ser vencidos se quisermos
aprender rapidamente.
Vivemos num mundo onde tudo deve ser feito às
pressas. Ninguém quer perder um minuto sequer da vida. As
palavras que se ouve com muita freqüência sobre a
disponibilidade de tempo das pessoas são : “Não tenho tempo.”
Somos obrigados a aprender muita coisa em pouco
tempo. Comemos, dormimos, estudamos, trabalhamos e até o
nosso lazer é feito às pressas. A pressa é nossa companheira
nas relações amorosas e com os amigos, no nosso descanso;
enfim, em praticamente todas as atividades. E o que temos
lucrado com toda essa pressa? Acidentes, úlceras, divórcios,
tumultos, rancor, ignorância etc. Veja a raiz psicológica desses
males e você encontrará a pressa como fator capital. Não somos
tão bons quanto poderíamos se fazemos tudo às pressas.
Algumas coisas requerem paciência e compasso certo para se
tornarem perfeitas. Uma planta pode ser estimulada a produzir
antes do tempo certo mas, dificilmente produzirá bons frutos.
No próximo capítulo estudaremos as formas seguras
para que você desenvolva a concentração ao máximo e assim
possa superar as distrações impostas pelo ambiente quando
Como dominar assuntos difíceis
Não há um único estudante que jamais tenha
encontrado um assunto difícil, que nunca tenha lido e relido
um texto inúmeras vezes e até desistido de entendê-lo. Este
poderia ser chamado de “um assunto difícil”. Como estudar
matérias e temas tão complicados? Existe um modo de torná-
los mais fáceis? Vamos entender estas e outras questões
importantes.
A primeira coisa que você deve fazer ao estudar um
assunto considerado difícil é dividi-lo em partes menores. É o
método tradicional para comermos alimentos grandes: parti-
los em pequenos pedaços. Quando você lê um texto muito
grande, deve estar atento para o cabeçalho dele. Observe
também os subtítulos, pois dão uma idéia básica do conteúdo
de cada parte do tema principal. Vamos ver um exemplo, para
tornar mais clara a recomendação.
A matéria que você vai estudar: Organização Social
e Política do Brasil.
Ao iniciar a leitura do livro que fale sobre o assunto
descrito você encontrará títulos e subtítulos.
Primeiro título encontrado: Organização social.
Ao ler este título você fica sabendo que o texto que
se segue a ele falará apenas sobre a “organização social” (não
está incluída a “organização política”).
Primeiro subtítulo encontrado no texto: Conceitos.
Conceitos são opiniões formadas sobre alguma coisa.
Neste caso o subtítulo indica que o texto que se segue dará
diversas opiniões (conceitos) sobre o significado de
“organização social”.
Segundo subtítulo encontrado no texto: Tipos de
Sociedade.
Creio não precisar de comentários acerca deste
subtítulo. Após relacionar os tipos de sociedades brasileiras,
continuaremos a leitura e encontraremos um novo subtítulo:
A Pirâmide Social Brasileira.
Estando atento aos títulos e subtítulos, você vai
penetrando lente e gradualmente na matéria. Ao dominar um
tópico, passe para o seguinte. Repita-o mentalmente até ter a
convicção de que aprendeu e memorizou. A “digestão” dos
assuntos deverá ser feita aos poucos. “Mastigue” os assuntos
com toda a paciência, até ter certeza de que já os triturou
suficientemente. Procedendo assim você não terá dificuldade
alguma de ir avançando até o final.
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES:
Ø Sempre que possível, peça um amigo para esclarecer
alguma dúvida acerca de assuntos difíceis. Talvez um
professor possa, em poucos minutos, explicar com clareza
algo que você levaria semanas para entender.
Ø Quando o assunto for difícil, leia vários autores que falem
sobre o mesmo tema. Em alguns casos, a linguagem torna
complicados assuntos de fácil entendimento.
Ø Divida o texto em pequenas etapas para estudar. Avance
sem pressa à medida que for dominando as pequenas
partes; esta é a maneira correta de estudar qualquer assunto,
seja ele difícil ou não.
Ø Tenha à mão um bom dicionário para tirar dúvidas acerca
das palavras e expressões desconhecidas. A compreensão
da linguagem facilita o entendimento das idéias.
Ø Procure captar a idéia central de cada tema. Descubra o
que o autor está querendo provar ou mostrar. Todos os
assuntos têm um objetivo. Descubra, tão logo quanto possa,
as idéias chaves e memorize-as.
Ø Reserve um maior espaço de tempo para estudar os temas
complicados e intercale-os com os mais fáceis. Se você
estudar duas matérias muito difíceis simultaneamente ou
com pequeno intervalo entre elas, cansará a sua mente e
baixará o rendimento.
Ø Copie de memória as idéias básicas dos temas estudados.
Faça anotações principais como se estivesse explicando a
alguém através de uma carta. Use suas próprias palavras
para reforçar o que aprendeu.
Ø Não se esqueça que associação de uma idéia ou
conhecimento “velho” deve ligar-se aos “novos”
conhecimentos. À medida que se for estudando, vá fazendo
encadeamentos e comparações mentais pois, desse modo
você conseguirá bons resultados em tudo quanto estudar.
Ø Repita com mais freqüência o estudo dos temas que
considera difíceis. Sua memória terá de ser impregnada
com mais repetições para que retenha duradouramente os
conhecimentos adquiridos.
Ø Faça muitas perguntas sobre o tema difícil. De posse de
um questionário, você verá que não existe assunto difícil
e sim mal estudado. As perguntas são pequenos fragmentos
da matéria. Memorizando as perguntas e respostas, você
terá dominado num piscar de olhos qualquer assunto, por
mais complicado que lhe pareça à primeira vista.
As técnicas que o ajudam a aprender
depressa
Você escolheu todo o material para estudar? Livros,
apostilas, cadernos, canetas, lápis etc? Será que falta alguma
coisa? O programa está à vista? Ele representa o mapa com os
caminhos que você trilhará durante o seu período de estudo.
Mas surgem outras perguntas bem curiosas: “Como aprender
mais depressa este montão de assuntos?” “Por onde devo
começar?” “Quanto tempo devo estudar a matéria?”
Depois de analisar as diversas formas de estudo
utilizadas por candidatos vencedores de concursos e de
aperfeiçoar as minhas próprias técnicas, descobri que muita
coisa pode ajudar qualquer pessoa a aprender mais depressa.
Vamos a elas.
A Técnica do Silêncio
Nada pode perturbar mais um estudante do que o
barulho. Os carros passando e buzinando lá fora, o telefone
que não pára de tocar, o som no volume máximo, a TV ligada,
pessoas andando de um lado para o outro; enfim, mil barulhos
que distraem, interrompem e limitam a aprendizagem de
qualquer mortal.
Não adianta dizer que você é capaz de se concentrar
em meio a todo esse barulho. Testes recentes mostram que os
estudantes que se isolavam completamente de ruídos
conseguiam aprender três vezes mais depressa do que aqueles
que não estudavam em silêncio total. Quer notar como sua
mente se concentra muito melhor na leitura de um texto se
estiver isolada de ruídos? Faça então este experimento:
COLOQUE OS POLEGARES, UM EM CADA OUVIDO, FAZENDO UMA PEQUENA
PRESSÃO SOBRE ELES, DE MODO A ISOLAR OS RUÍDOS EXISTENTES À SUA
VOLTA. SEM TIRAR OS POLEGARES DOS OUVIDOS, FAÇA COM QUE OS
DEDOS MÉDIOS DAS DUAS MÃOS SE TOQUEM SOBRE SUA TESTA. APÓIE OS
COTOVELOS SOBRE A MESA ONDE DEVE ESTAR ESTE LIVRO E CONTINUE A
LEITURA.
É sempre bom lembrar que você nunca deve estudar
deitado, ou numa posição em que poderá adormecer
facilmente. Afinal, você quer dormir ou quer estudar para ser
aprovado em concursos?
Esta técnica de isolamento de ruído ajuda, em muito,
pessoas que moram em lugares com altos níveis de poluição
sonora ou que possuem vizinhos mal-educados, que deixam
seus aparelhos de som no volume máximo.
Todas as vezes que você for ler alguma coisa e puder
deixar o material sobre uma mesa, use os dedos polegares para
diminuir o ruído, mesmo que ele não esteja muito grande.
Para abafar os ruídos você também pode usar fones
de ouvido, daqueles que se introduzem no canal auditivo
externo. Evite, porém, enfiar nos ouvidos pedaços de algodão
ou objetos pontiagudos que possam eventualmente ficar presos
ou ferir partes sensíveis.
O mais saudável é que você ao sentar-se para estudar
(nunca deitado), previna-se contra os ruídos indesejáveis.
Reserve seus momentos de estudo como a coisa mais
importante da sua vida. Desligue a campainha do telefone.
Feche as janelas que deixam entrar ruído excessivo. Desligue
qualquer tipo de aparelho sonoro e, se houver algum grilo
fazendo aquele barulhinho enervante, descubra onde ele está
e expulse-o de sua casa ou de seu ambiente de estudo: você
precisa de silêncio... sem grilo algum.
Algumas pessoas não conseguem ficar por uma hora
em absoluto silêncio porque o sistema nervoso parece ter se
condicionado ao barulho. Mas, o fato é prejudicial à
aprendizagem eficaz. O sistema nervoso precisa estar relaxado
e tranqüilo para que você possa assimilar melhor aquilo que
estuda.
No início, quando começar a praticar a “técnica do
silêncio”, você descobrirá que houve significante melhora no
seu poder de concentração, mesmo que não esteja com os
ouvidos tapados.
Se você quer extrair o maior rendimento possível do
tempo que dedica aos estudos, então isole-se acusticamente
ao máximo. Se puder vedar as frestas por onde entra ruído
externo, faça-o. É bom lembrar que o ambiente onde você
estuda deve ser o mais agradável possível em termos de
temperatura, luminosidade etc.
A Técnica Fonodidática
Como o próprio nome sugere, fonodidática significa
utilizar-se de aparelhos sonoros (gravador) para aprender. Para
usar esta técnica você terá que dispor de:
ü Um aparelho de gravador tamanho pequeno
ü Um fone de ouvido
ü Fitas cassetes
Infelizmente algumas matérias como Matemática e
Geometria (apenas a parte teórica), não podem ser estudadas
com o auxílio desta técnica por motivos óbvios. Entretanto,
toda e qualquer matéria teórica pode ser gravada para sua
utilização.
Vamos aos passos importantes:
· Selecione um assunto importante do seu programa.
· Escolha textos de sua apostila ou livros específicos, de
preferência que estejam numa linguagem clara
e objetiva.
·
Isole-se num quarto sem ruídos ou interferências para
realizar as gravações.
· Regule seu aparelho para que a gravação fique em nível
ótimo, e leia os textos de forma compassada e clara.
Quando perceber que um tópico é importante, repita-o
várias vezes.
· Use fita de uma hora (trinta minutos de cada lado) e escreva
à lápis os temas gravados, pois assim você poderá
rapidamente selecioná-las para o seu estudo.
· Nunca grave mais de três temas em cada lado da fita, a
não ser que seja absolutamente necessário.
Pronto! Você já gravou a primeira fita para iniciar
seu estudo utilizando a técnica fonodidática; resta agora saber
como e quando utilizá-la.
ü Depois que você estudar os temas escolhidos para
gravação, sente-se confortavelmente (nunca se deite) ,
coloque os fones no ouvido para uma melhor concentração
e ouça a fita.
ü Quando estiver descansando (horário de almoço, antes de
dormir) ouça as gravações feitas.
ü Durante viagens( de casa para o trabalho, para escola ou
voltando de ambos), principalmente se for um período
superior a trinta minutos, leve o seu gravador e ouça as
fitas.
Alguns alunos perguntam-me se poderiam utilizar
as gravações durante o período em que estivessem dormindo,
para acelerar a aprendizagem, e a resposta foi NÃO , NUNCA.
As pesquisas feitas em vários países do mundo com métodos
de aprendizagem para serem usados durante o sono provaram
que eles são ineficazes, ou os resultados não são significativos.
Assim não recomendo a utilização das fitas enquanto dorme,
mas no período de vigília, tantas vezes quanto se possa.
A técnica seguinte pode ser usada em combinação
com esta, com resultados quase milagrosos. Nossa memória
auditiva deve ser estimulada constantemente, e esta técnica
visa a despertar e incentivar o uso dessa memória.
Não use fitas gravadas quando estiver fazendo
outra coisa que requeira atenção e envolvimento, tal como
datilografar, escrever, conversar etc. É muito provável que a
compreensão da fita fique comprometida se você fizer duas
coisas simultaneamente. Quando estudar usando esta técnica,
não desenvolva outra atividade.
A Técnica Perguntas x Respostas
O princípio desta técnica consiste no fato de que todos
os testes e provas realizados em concursos são constituídos
de perguntas. Ora se os elaboradores das provas vão escolher
várias perguntas dos mesmos assuntos que você está estudando,
se você também fizer várias perguntas e aprender as respostas
é muito provável que algumas delas sejam as mesmas feitas
no concurso.
O primeiro passo para executar a técnica perguntas
x respostas é você selecionar o material que contém os assuntos
do programa. Suponhamos que o assunto seja VERBO, da matéria
português.
Recorte pequenos cartões com o tamanho máximo
de 8x11cm. Dobrando uma folha de papel ofício três vezes,
você obterá pedaços de papel com estas dimensões
aproximadas. São o tamanho ideal.
Escreva na frente do cartão as perguntas e, no
verso, as respostas. Com o tema VERBO, a pergunta pode ser:
O QUE É VERBO?
Cuja resposta é:
UMA PALAVRA QUE EXPRIME AÇÃO, ESTADO, FATO OU FENÔMENO.
Tendo em mãos a gramática, você só terá o trabalho de
formular as perguntas e copiar a resposta de cada uma delas
no verso do cartão. O ideal é fazer perguntas que abranjam
todos os assuntos.
Como estudar com os cartões?
Se você puder levar para todos os lugares um
mínimo de cinqüenta perguntas, poderá aproveitar os
momentos em que fica à espera, ou em que não há nada a
fazer, e estudar uma a uma.
Leia a pergunta e tente lembrar da resposta, caso
consiga, durante dez vezes consecutivas ( marque um tracinho
no canto do cartão ); então é momento de retirar do grupo de
perguntas as questões já aprendidas.
Grave-as também na fita, para ajudar na fixação.
Faça um intervalo de dez segundos após cada pergunta para
em seguida gravar a resposta. Quando estiver ouvindo as
perguntas, tente antecipar as respostas, falando para si mesmo,
em um tom de voz baixo.
Todas as vezes que você estudar com os cartões,
tenha a mão uma caneta ou lápis para assinalar as vezes que
acerta as respostas. Quando estiver estudando em grupo, use
as perguntas para testar e avaliar os conhecimentos.
A Técnica Teatral
Esta é uma técnica que funciona quando se estuda
em grupo. Nunca, no entanto, estude com mais de três pessoas.
O rendimento cai em muito quando o número de pessoas é
superior a três. Mesmo este número reduzido, é necessário
que alguém coordene as atividades do grupo para que não haja
dispersão dos objetivos. É preciso que todos estejam imbuídos
do espírito de aprender para valer e não gastem parte do tempo
conversando assuntos que não tem nada a ver com o objetivo
da reunião. Vamos aos passos para executar a técnica teatral.
Ø Consiga um pequeno quadro de giz para utilizar durante
os estudos.
Ø Peça que seu amigos (dois no máximo) estudem em
silêncio junto com você um assunto previamente escolhido.
Ø Após terminarem a leitura silenciosa, que não deve durar
mais de trinta minutos, sorteie o primeiro “professor” para
dar aula aos dois componentes do grupo.
Ø Cada membro do grupo de verá falar tudo o que for capaz
de lembrar sobre o assunto que que leu, podendo recorrer
apenas a uma pequena ficha de consulta que tenha feito
para se guiar durante a exposição.
Ø O tempo para cada expositor não deve ultrapassar 15
minutos, para que não se torne cansativa a aula, que será
repetida por todos os participantes.
Ø Durante a exposição de cada elemento do grupo, os demais
devem participar, fazendo perguntas para tirar dúvidas;
podem ainda fazer correções, caso o expositor cometa
algum engano. Na dúvida, deve-se consultar o material de
estudo, prosseguindo normalmente a aula.
Ø O quadro de giz deve ser usado como se fosse numa aula
de verdade (o que não deixa de ser), onde os expositores
farão observações, cálculos etc.
Seguindo estes sete passos, você e seus amigos
estarão aptos a realizar uma excelente prova em qualquer
concurso. É bom salientar que se as exposições feitas por cada
elemento do grupo forem de bom nível, os resultados serão
espetaculares.
Alguns estudantes são capazes de dar aulas para
uma platéia “invisível” quando não encontra parceiros para
estudar. Você pode experimentar também, se for o caso. Vale
a intenção.
Após o estudo em grupo usando a técnica teatral,
todos os participantes devem elaborar um pequeno teste,
contendo no máximo dez questões, e trocá-los entre si.
Provavelmente haverá coincidências em algumas questões;
todavia, servirão de reforço positivo.
PONTOS IMPORTANTES PARA OBSERVAR
Seja qual for a técnica que você utilize para
estudar, saiba que a atitude mental, o ambiente e o material
contam muito. Os companheiros também ( quando usar a
técnica teatral ) devem ser escolhidos a dedo. Jamais
escolha pessoas desinteressadas ou demonstrem pouca
seriedade.
As brincadeiras fora de hora acabarão por
transformar o período de estudo num “recreio” permanente.
Caso não consiga bons resultados com um grupo de
parceiros, desista deles e procure outros. O que conta são
os objetivos e metas. Você se prepara para vencer num
concurso, e fará o que for necessário para atingir este
propósito.
Muitas pessoas dizem sempre que não têm tempo para
estudar, porém, se estiverem atentas aos momentos em que
passam diante de um televisor, na janela olhando o
movimento, conversando longamente ao telefone, ou
fazendo nulidades, descobrirão quanto tempo
desperdiçam. Procure empregar suas horas de folga para
estudar e se preparar para o concurso desejado. Saiba que
hora a hora, dia a dia, mês a mês o separam do dia D, no
qual estará sentado diante de uma prova cheia de perguntas
esperando por suas respostas.
Que vençam os melhores!
O que você deve fazer ou não fazer
antes, durante e depois das provas
Normalmente costuma-se pensar que o mais
importante é o que se faz antes e durante as provas de um
concurso, esquecendo-se do “depois”. Sem dúvida, o que
faz “durante” é que conta, mas, sem um bom “antes”, nada
poderia ter sido feito.
Vamos supor que você está a duas semanas da
data marcada para a grande prova do concurso. Você já
estudou todas as matérias, já revisou as partes que julga
mais importantes, e está preparado para enfrentar o dia
“D”. Será necessário tomar alguma precaução? Ou basta
esperar o dia da prova e mostrar no papel que é um dos
melhores candidatos? Bem, acho que isto não é tudo, mas
sim, quase tudo.
Vejamos agora as coisa que você deve fazer
antes das provas:
Ø
Na última semana faça um programa pessoal para
revisar os assuntos em que se considera mais fraco. Estude
durante um ou dois dias da semana, cada matéria do
programam. Caso uma semana seja pouco tempo,
programe então as duas últimas, para esta revisão geral.
Tire as dúvidas que ainda restarem com alguém mais
experiente;
Ø
Avise a seus familiares, amigos, enfim, a todas as
pessoas que convivem com você sobre o dia e hora da sua
prova, pois você poderá se distrair e esquecer, como não
raro ocorre com muitos candidatos. Alguns só lembram
quando sai o resultado. Para ficar mais seguro, faça o
seguinte: vá até uma agência dos Correios e passe um
telegrama pré-datado para si próprio com a observação
de que o telegrama deve ser entregue em determinada data
(que deve ser um dia antes da prova). Os Correios dispõem
desse serviço, e não custa mais do que um telegrama
comum. Uma sugestão de mensagem do seu telegrama: :
“AMANHÃ NÃO ESQUEÇA DA PROVA DO CONCURSO ÀS ...... HORAS”.
Esta é a maneira infalível de você não esquecer a data da
prova; os Correios nunca falham quando se trata de
telegramas pré-datados;
Ø
Na última semana que antecede a data do curso,
alimente-se bem, variando os alimentos. Coma bastante
proteínas, sais minerais e vitaminas. Leite, ovos, carnes,
cereais e frutas lhe fornecerão energias nervosas
suficientes para enfrentar o desgaste da prova. Não se
descuide da alimentação;
Ø
No dia anterior ao da prova, faça uma “sabatina”
consigo mesmo. Caso tenha elaborado perguntas que
abordem todos os assuntos, tente acertar todas. Peça a
outra pessoa que as faça a você. Com este instrumento
que, você reavivará na memória assuntos que a muito
tempo não estudava; e no
dia seguinte sua memória lhe devolverá se for o necessário;
Ø
Durma no dia que antecede a prova. Suas energias
devem estar no pico positivo;
Ø
Antes de dormir, leia alguma coisa que julgue
importante. Todas as coisas que pensamos antes de dormir
lembramos logo que despertamos;
Ø
Faça o exercício n. 02 do capítulo “A
superaprendizagem pela sugestão mental”, deste livro. Sua
mente ficará relaxada o suficiente para raciocinar com
eficácia no momento que estiver fazendo a prova;
Ø
Previna-se com lápis, caneta, borracha e outros
instrumentos que se fizerem necessários para a prova.
Calculadoras de bolso, ou régua com tabuada nem sempre
são aceitos em concursos. Você deve informar-se se
aceitam ou não. De qualquer modo, é bom estar prevenido
com material de reserva, para o caso de um deles falhar.
Faça uma checagem antes de entrar para a sala do
concurso;
Ø
Faça uma checagem no automóvel no dia anterior
ao concurso, principalmente se vai utilizá-lo. Soube de
candidatos que perderam o horário das provas por ficarem
retidos no trajeto, com o automóvel sem gasolina, pneu
furado e sem sobressalente etc. Evite os contratempos,
prevenindo-se e checando as possíveis falhas;
Ø
Antes no mesmo dia do concurso, vá até o local
onde as provas serão realizadas. Alguns candidatos, por
não obterem informação correta do local onde farão a
prova, acabam
chegando atrasados ou perdendo o concurso por pararem
em local errado;
Ø
Antes de sair para fazer a prova, faça uma
checagem nos documentos, principalmente o CARTÃO DE
INSCRIÇÃO e a CARTEIRA DE IDENTIDADE, pois sem esses
documentos você pode ser impedido de fazer o concurso;
Ø
Como último conselho, por favor, ponha um
despertador para acordá-lo com tempo de sobra, no dia
seguinte. Se tiver dois despertadores, coloque ambos para
despertar na hora desejada. Cuide para que um deles seja
de corda, pois alguns relógios ligados à corrente elétrica,
quando ocorre a falta de energia (mesmo por um segundo),
desregulam o horário programado para despertar. Previna-
se contra os golpes do destino.
É natural que você já conheça muitas dessas
recomendações, porém nunca é demais falar sobre elas.
Vejamos agora o que você não deve fazer antes das provas:
Ø
Não viaje nos dias que antecedem ao dia da prova.
Pode haver algum contratempo impedindo-o de chegar
no momento exato ou com folga para checar os itens
importantes;
Ø
Não coma demais no dia que antecede a sua prova.
Saiba que distúrbios intestinais e diversos mal-estares
conseguem eliminar muitos candidatos, antes mesmo de
sentarem-se na cadeira para fazer prova. Evite comidas
gordurosas, pesadas ou aquelas que você não tem hábito
de comer. Ir para um pronto-socorro, logo no dia do
concurso ... não é algo agradável.
Ø
Não durma tarde na noite que antecede o dia do
concurso. Lembre-se que suas energias devem estar no
ponto máximo, e o sono é importantíssimo para que isso
ocorra;
Ø
Não tome nenhuma bebida alcoólica, nem
calmante de espécie alguma, principalmente se não é uma
prescrição médica para aquele dia. O entorpecimento do
seu sistema nervoso não ajudará ao seu raciocínio, que se
tornará lento, e você tenderá a fazer confusões perigosas
no momento de responder as questões;
Ø
Drogas, orgias sexuais, ou qualquer outra coisa
que provoque desgaste físico e psicológico devem ser
evitadas ao menos um dia antes do concurso;
Ø
Evite aborrecimentos, discussões e contrariedades
no dia anterior ao da prova. Sua mente precisa estar feliz,
segura e autoconfiante;
Ø
Saia de casa o mais cedo possível para evitar
engarrafamentos, acidentes inesperados, e a conseqüente
perda do horário estabelecido como limite para os
candidatos chegarem ao local da prova. Esta é uma
recomendação muito importante. Quando você tem pressa,
costuma esquecer as coisas, provocar confusões etc. Evite
estas coisas. Não saia tarde de casa, se quer ter tempo
para relaxar;
Ø
Não fume antes do início da prova. Algumas
pessoas ficam nervosas e fumam sem parar.
Psicologicamente pode ter algum efeito positivo, mas na
verdade os efeitos na memória são negativos. Se puder
não fumar, não fume.
Vejamos agora o seu comportamento durante a prova:
Ø
Relaxe (exercício n. 02 do capítulo “A
superaprendizagem pela sugestão mental”). Assim que
tomar seu lugar, inicie o exercícios de relaxamento, até o
instante em que começarem a distribuição das provas;
Ø
Esteja atento às instruções dadas pelos
orientadores do concurso quanto ao tempo máximo de
cada prova;
Ø
Confira as questões da sua prova, verificando se
estão em ordem, legíveis e completas;
Ø
Não inicie apressadamente a responder as questões
da sua prova, verificando se estão em ordem, legíveis e
completas;
Ø
Não inicie apressadamente a responder as
questões. Em geral o tempo regulamentar dado para
realização da prova é suficiente para respondê-la. Tenha
calma; relaxe;
Ø
Vá respondendo as questões de que se lembre. Não
deixe para depois aquilo que se tem absoluta certeza
lembrar como certo. As perguntas que não souber a
princípio, deixe para o final;
Ø
Não marque a resposta certa no cartão de respostas
(se for prova objetiva) simultaneamente à resolução das
questões. Deixe para marcar as respostas numa última
etapa;
Ø
Leia e releia com atenção cada pergunta. A pressa
leva cerca de 10% dos concorrentes a errarem as questões
muito fáceis. Só depois de ter certeza de que entendeu a
pergunta, dê a resposta;
Ø
Não “cole” num concurso, mesmo que você não
saiba responder algumas questões. Evite perder a sua
prova caso um fiscal perceba sua manobra desonesta;
Ø
Não dê “cola” ou facilite para seus concorrentes
façam leitura das suas respostas. Lembre-se de que um
concurso é um teste pessoal e não uma prova de equipe.
O risco de ser flagrado por um fiscal e perder a sua prova,
por estar “fazendo o bem”, é muito grande. Deixe suas
virtudes de “bom samaritano” em casa, ou para outras
ocasiões menos arriscadas;
Ø
Quando se tratar de prova de redação, faça-a
primeiro numa folha de rascunho. Agindo assim, você
terá oportunidade de fazer revisões ortográficas etc;
Ø
Ao fazer as famosas “continhas” numa prova de
matemática, não confie no primeiro resultado. Faça se
possível (se perceber que tem tempo), um cálculo duas
vezes. Ao fazer isso, você evitará erros banais que
prejudicariam seu bom resultado;
Ø
No momento que marcar as respostas certas no
cartão de respostas (se houver) , faça-o com cautela,
conferindo a numeração da prova com a do cartão ou folha
de resposta. Evite erros provocados pela afobação e falta
de atenção;
Ø
Não queira ser o primeiro a entregar a prova. O
concurso é para testar os seus conhecimentos sobre as
matérias dadas no programa, não para testar sua agilidade
em responder as provas. Lembre-se de que a pressa é uma
terrível inimiga da perfeição;
Ø
Controle o tempo que gasta na sua prova. Se deixar
muitas questões para o final, ou perder muito tempo
tentando resolver uma única, acabará tendo que “chutar”
respostas. Esteja atento ao tempo que resta; só assim
conseguirá um bom rendimento dentro do horário previsto;
Ø
Antes de entregar a prova, verifique se assinou
corretamente, são muitos os candidatos que têm as suas
provas anuladas por nela não constarem dados que
identifiquem o candidato;
Ø
Preencha os espaços destinados a sua identificação
(nome, número, cargo etc) com cautela, para que sejam
corretos. Use sempre a caneta para preencher estes dados,
a menos que seja exigência do concurso o preenchimento
a lápis. Escrever a caneta é sempre uma garantia a mais;
Ø
Ao marcar em cartões de respostas que serão
usados num computador para leitura, ou cartões
perfurados, use o material adequado e evite deixar uma
questão sem resposta;
Ø
Alguns concursos (vestibular, por exemplo) usam
as respostas erradas para contagem de pontos negativos.
Se tiver certeza de que usarão este critério, não dê
respostas, a menos que esteja absolutamente certo delas;
Ø
Em provas onde a avaliação é feita contando-se
as respostas certas, então nunca deixe questões em branco.
Arrisque o “chute”, pois desse modo poderá acertar
algumas que seriam perdidas no caso não as marcasse.
Bem, você já fez a sua prova, e agora? Será que precisa de
algum outro sacrifício? Ou será que já pode comemorar? Não,
ainda não. Você pode até ficar feliz por ter conseguido bons
resultados, mas também outros candidatos também o estejam.
Que vença o melhor. Mas, logo que passe a aflição da prova,
qual deve ser seu comportamento? Veja então o que você deve
fazer depois da prova:
Ø
Informe-se da provável data que darão o resultado
do concurso, pois caso você não seja chamado por
telegrama, saberá procurar informações no momento
certo; nem muito antes nem muito depois;
Ø
Caso o concurso seja dividido em etapas, saiba
qual é a etapa seguinte (digitação, estenografia, condução
de veículos, operação de máquinas e equipamentos, testes
de aptidão física, etc.) e prepare-se para elas;
Ø
Continue cuidando da sua saúde, pois chegará um
dia onde você deve mostrar um corpo sadio e bem cuidado.
Todos os concursos públicos fazem um exame de saúde.
Normalmente pedem exames de urina, fezes, sangue. São
muitos os candidatos que não passam nestes exames. O
ideal é cuidar da saúde, indo a um clínico geral para ver
se há alguma coisa errada. Alguns concursos fazem
exames oftalmológicos (vistas). Se você tem alguma
deficiência auditiva ou visual, é bom consultar um
especialista antes do exame de saúde. Uma boa
alimentação evitará anemia;
Ø
Verifique se seus documentos, tais como
certificados de conclusão de cursos, carteira profissional,
e outros que serão necessários para sua efetiva contratação
ou ingresso no órgão desejado, estão em ordem. Por falta
de apresentação em tempo hábil de documentos exigidos,
muitos candidatos aprovados acabam perdendo a vaga;
Ø
Nunca é desnecessário alertar para que você esteja
ciente dos prazos limites para a apresentação de
documentos, ou comparecimento ao órgão no qual prestou
concurso. Compareça nas datas marcadas e nos horários
certos. Seja pontual.
Fazendo todas estas coisas, seguindo estas
recomendações de modo concreto, se de fato estudou com
dedicação, é quase certo de que seu nome estará na relação
dos aprovados.
Faça uma lista que julga fundamental realizar
antes, durante e depois das provas, e esteja sempre checando
a sua lista. Pode ser que você tenha uma boa memória, mas
o esquecimento é algo natural e humano. Evite esquecer as
coisas essenciais, por isso, tome nota.
Mesmo que você tenha consciência de haver feito
uma boa prova, não saia espalhando isso por aí aos quatro
ventos, pode decepcionar-se gratuitamente no futuro. Um
concurso, principalmente quando é importante, atrai
centenas e até milhares de candidatos. Todos querem ser
aprovados, e o empenho para conseguir isso é igual ou às
vezes superior ao seu. Leve em consideração os seguintes
fatos:
1. Para você ser aprovado, é necessário ter obtido
um número de pontos acima da média;
2. Haverá sempre um limite de vagas a serem
preenchidas. Você pode ter errado apenas uma
ou duas questões, mas, se haviam dez vagas, e
dez pessoas não erraram uma só questão, você
certamente ficará de fora. Mesmo consciente
de que fez uma boa prova, deixe a euforia para
o dia do resultado.
E SE VOCÊ FOI UM VENCEDOR...
PARABÉNS O MÉRITO É TODO SEU.
Boa sorte!
APROVADO EM
PROVAS,
EXAMES E
CONCURSOS DE
QUALQUER
NATUREZA
Copyright © by Mathias Gonzalez
Produção e Capa
Mathias Gonzalez
Revisão
Lóide Paixão
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra,
de qualquer forma ou meio eletrônico, mecânico
ou processos reprográficos, sem permissão do
autor.
(Lei nº 5.988, 14/12/1973)
Correspondência para o autor:
email: magoso5@hotmail.com
ÍNDICE
INTRODUÇÃO......................................04
A superaprendizagem pela sugestão
mental......................................................09
Como escolher o material de
estudo......................................................18
Fatores que impedem e limitam a
aprendizagem.........................................26
Como dominar assuntos difíceis...........37
As técnicas que o ajudam a aprender
depressa...................................................41
O que você deve fazer ou não fazer
antes, durante e depois das provas......51
INTRODUÇÃO
Todos os anos, neste país, centenas ou até milhares de
concursos são realizados. São inúmeros empresas e órgãos
públicos federais, municipais e estaduais que abrem as portas
ao ingresso de novos servidores. Desde o momento em que os
jornais, a TV ou emissoras de rádio noticiam a abertura de um
concurso público, ocorrem para a sede das citadas empresas
verdadeiras avalanches de candidatos, todos sequiosos de uma
chance.
Sem dúvida, parece ser o grande sonho de todas as
gerações, contemporâneas e passadas, ingressar no serviço
público. Com a idéia fixa de que nele auferirão vantagens,
trabalharão menos do que no setor privado, terão um emprego
estável e para toda a vida, são pessoas que querem a todo custo
entrar em uma empresa ligada ao governo, mesmo que seja
para assumir um cargo de baixo nível. Afinal, pensam elas,
depois de estarem lá dentro, pleitearão novas promoções.
Mas, até que ponto são verdadeiras as vantagens de se
ingressar no serviço público? O fato de “trabalhar pouco” é
justificado? Os salários são compensadores? Existe a tão
propalada segurança e estabilidade no emprego?
Estou certo de que muitos funcionários públicos não
concordarão com todas as preposições tão largamente
conhecidas, pois, sabem eles, muitas empresas públicas
desenvolvem atividades tão extenuantes e difíceis quanto as
de empresas privadas. Há também o mito do “supersalário”:
de modo geral, acredita-se que todo funcionário público ganha
bons e altos salários. Na verdade, o que se vê amiúde é que as
empresas particulares pagam melhores salários aos seus
executivos que empresas públicas para cargos similares. Talvez
o único item que se justifique seja o da estabilidade no
emprego, uma vez que dificilmente haverá demissão em massa
sem justificativas fortes por parte do governo. Mesmo quando
um determinado órgão é extinto os servidores são alocados
em outras instituições, sem prejuízos aos salários.
O emprego público é, sem dúvida, o sonho de muitos
jovens e adultos e por esse motivo os concursos públicos são
os mais procurados e a concorrência, tão grande. Sabe-se de
fatos curiosos e até ridículos em matéria de concurso público.
Um deles foi de se inscreverem, para preenchimento de dez
vagas para auxiliar de serviços gerais numa prefeitura
interiorana de um certo estado da federação, 45 médicos, 27
engenheiros, 130 professores, 20 economistas, 64 advogados
e mais de 150 outros profissionais liberais em diversas áreas,
num total de 2.137 candidatos! O salário na época equivalia a
dois salários mínimos!
O concurso público é institucional, por essa razão existe
de acordo com a Lei. O Estado deve facultar a todos os cidadãos
a oportunidade de ingressar no serviço público, quer seja
estadual, municipal ou federal.
Se você realmente deseja ingressar num órgão público,
só há um caminho legal: o concurso público. Não pense que
em todo concurso onde se inscreverem milhares de candidatos
suas chances de ser aprovado são remotas. Dependerá de seus
conhecimentos prévios e do esforço que fizer para estar à altura
de competir. Todos recebem a mesma chance, mas poucos
aproveitarão satisfatoriamente.
No momento em que você decidir fazer um concurso,
tenha no mínimo as seguintes coisas em mente:
1.
Convicção de que gostará do cargo ou função a
desempenhar, caso seja aprovado.
2.
Depois de vencida a primeira etapa de
classificação, você deverá se submeter a um exame de
saúde e, por isso, seu organismo terá que estar em ótimo
estado; caso contrário, de nada valerá a primeira
aprovação.
3.
A sua documentação deve estar em dia logo após
o resultado do concurso, pois muitos órgãos fazem a
chamada dos aprovados num tempo relativamente curto
e, se faltar algum documento, você poderá perder a vaga.
4.
Grandes empresas públicas costumam checar as
informações que o candidato dá na ficha de inscrição.
Cuidado para não fornecer dados truncados ou falsos; se
depois de aprovado constarem que houve má fé no
preenchimento das informações, você jamais ingressará
no serviço público, ou ao menos naquela empresa.
5.
Você pode pensar que a sua vida particular não é
do interesse do governo, mas é bom saber que algumas
empresas públicas não dão emprego a pessoas que já
tiveram passagem pela polícia, foram processadas por
cheques sem fundos, se envolveram com contrabandos,
tóxicos, roubos ou assassinatos. Títulos protestados, por
exemplo, são suficientes para vetar o ingresso de muitos
candidatos aprovados. Se sua ficha não está “limpa”, é
bom providenciar uma limpeza rápida, muito antes de se
inscrever num concurso. A boa conduta, segundo os
especialistas em emprego público, é um aval do candidato.
6.
Aptidões que serão exigidas depois da primeira
etapa do concurso, tais como habilitação em determinados
tipos de máquinas ou veículos, datilografia,
conhecimentos outros relacionados com a atividade que
irá desempenhar. Muitos candidatos são reprovados numa
Segunda etapa, o que é lamentável.
7.
Informe-se detalhadamente quanto aos possíveis
locais que você prestará serviço, pois muitos concursos
deslocam novos servidores para cidades distantes, no
interior, ou até ostransferem para outros Estados da
federação. Veja, por exemplo, se tais mudanças de
residência não comprometerão a vida escolar de seus filhos
ou mesmo a sua.
8.
Não pense que será fácil obter promoções num
órgão público. Cada um desses órgãos dispõe de um
regulamento que limita prazos mínimos para que um novo
servidor participe de concursos internos. Algumas
empresas estipulam esse prazo em até três anos e nunca
menos de um ano.
9.
Os proventos de funcionário público sofrem
descontos regulamentares diversos. Saiba que o salário
líquido nunca é divulgado. Mas você pode calcular em
média 15% menos para obter o salário real. Leve em
consideração também que, da data de divulgação do
concurso até a efetiva contratação, o salário sofrerá as
correções devidas.
10. Não crie uma expectativa excessiva de que logo após
a inscrição será feito o concurso. Às vezes eles levam até
um ano para serem realizados. Do mesmo modo, depois
das provas o resultado demora alguns meses ou até anos
para ser divulgado. Há ainda uma espera da convocação
que, em alguns Estados e cidades, pode levar dias, meses
e anos.
11. Ao receber o seu cartão de inscrição guarde-o em
segurança e tire a cópia autenticada, pois, caso venha a
perder ooriginal e na impossibilidade de obter outro, talvez
consiga o ingresso na sala de provas apresentando a cópia
autenticada.
12. Não se deixe abater pelas informações de que existem
milhares de candidatos. As pesquisas mostram que entre
20 e 30% dos inscritos não comparecem às provas ou
chegam atrasados. Outro dado importante é que dos 70 a
80% restantes, pelo menos 60% não se preparam
suficientemente. Somando 60% com 30% você terá 90%.
Isso equivale a dizer que apenas 10% do total de
candidatos é que vão levando as provas a sério, uma forte
razão para você se animar e estudar com afinco.
A superaprendizagem pela sugestão
mental
Atualmente não existe uma única pessoa instruída que
duvide da existência das faculdades adormecidas em nossa
mente. A pesquisa científica tem levado a sério a ioga e a
hipnose, e a parapsicologia tem desvendado alguns antigos
mistérios.
Mas em que estes estudos científicos podem ajudar
você a aprender com pouco esforço? Será que existem técnicas
eficientes que façam a “supermemória” aflorar?
Para algumas pessoas não é mais nenhuma novidade
que praticamente todos nós podemos, sob o efeito da hipnose,
recordar de fatos do passado com uma clareza espantosa. Sabe-
se de que, sob a hipnose, foram capazes de se recordar de
fatos da infância e adolescência como se tivesse acontecido
ontem. Todavia, essas mesmas pessoas, sem o efeito da
hipnose, eram incapazes de recordar a refeição que fizeram
no dia anterior. Ora, isso confirma que a hipnose realmente
funciona! E como fazê-la funcionar para que nos recordemos
de assuntos que estão sendo questionados numa prova? Será
que isso de fato é possível?
Tendo conhecimento da hipnose no meu curso de
Psicologia, constatei ser perfeitamente possível um estudante
recordar toda matéria estudada, respondendo com absoluta
precisão às perguntas que lhe foram feitas sob a hipnose.
Realizei inúmeras experiências com amigos e pacientes
que ficaram surpresos com os resultados. Entretanto, não é
possível um candidato fazer uma nova prova sob o efeito da
hipnose. É absolutamente impraticável! Isto porque é
necessária a presença do terapeuta para conduzir a pessoa
hipnotizada. De acordo com o regulamento dos concursos,
apenas o candidato inscrito é que pode realizar a sua prova,
sendo proibida a participação de outras pessoas.
A hipnose é apenas uma das formas práticas de se obter
uma superlembrança. Só pode ser empregada por um terapeuta
treinado (psicólogo, psiquiatra) e, em termos de aprendizagem,
pode ajudar apenas no sentido de reforçar a autoconfiança do
estudante.
A autoconfiança é, na verdade, uma poderosa mola
propulsora para melhorar a aprendizagem. Todos sabem que
quando os atletas de um time de futebol recebem incentivo e
sugestões de seu treinador que lhes diz: “Vamos vencer, somos
os melhores, vamos vencer!”, os atletas parecem mais
dispostos e apresentam melhores resultados.
Nas diversas modalidades de competição, os atletas
sabem que a autoconfiança é um fator para o sucesso. Quanto
mais ouvirem as palavras “você vai vencer”, mais ânimo e
garra eles demonstrarão. Obviamente, não se trata apenas de
mera sugestão, mas sim de um reforço psicológico ao esforço
físico dispensado nos treinos.
De nada vale um atleta ficar repetindo para si mesmo:
“vou vencer, vou vencer”, se, paralelamente a esta sugestão,
ele não treinar com dedicação e entusiasmo.
Voltemos então à questão da hipnose.
De que modo podemos ativar a nossa “supermemória”
a ponto de nos lembrarmos de tudo quanto gostaríamos,
principalmente na hora de um concurso?
A resposta é: aprenda a sugestionar-se.
Nem todos podem pagar um psicólogo para levá-los à
hipnose e, após algumas sessões de terapia de sugestões,
conseguir mais autoconfiança e entusiasmo para estudar. Mas
todos podem usar os exercícios que testei em dezenas de
pessoas, com absoluto sucesso.
Os exercícios visam apenas a fazer você relaxar o
máximo que puder para, durante esse estágio, seu inconsciente
receber sugestões positivas. É o famoso estado alfa.
Deixarei de lado aqui as razões pelas quais este
processo funciona, pois o tema é bastante complexo e tomaria
certamente toda apostila. Minha finalidade agora é colocar
em suas mãos o método extremamente simples e prático para
usar no mínimo cinco vezes por semana, com o propósito de
melhorar a sua memória e despertar a “supermemória” na
ocasião em que estiver fazendo uma prova.
A primeira etapa dos exercícios está relacionada com
o momento em que você vai aprender. A memória funciona
como uma gaveta imensa, que você abre e joga lá dentro
milhares de coisas por dia, a cada mês e durante anos. Dentro
da gaveta tudo fica desarrumado e em tamanha desordem que,
no instante que você deseja “pegar” alguma coisa, leva um
tempo enorme para “encontrar” e às vezes desiste de procurar.
A nossa memória é muito perecida com uma gaveta.
Os assuntos mais recentes ficam na “superfície” da
memória, assim com os últimos objetos jogados na gaveta.
Quando você recordar de um fato recente se torna mais fácil
do que se lembrar de fatos do passado longínquo. Você pode
estar dizendo agora: “Eu me recordo com mais facilidade de
fatos passados do que dos mais recentes”. Isso pode acontecer
mas, só ocorre em situações especiais ou, melhor dizendo,
“marcantes”. É o mesmo que você jogar em sua gaveta um
objeto raro, brilhante e atraente. Mesmo ficando no fundo,
coberto por outros objetos de menor importância, você poderá
achá-lo quando desejar. A lembrança só ocorre quando o fato
ocorrido nos marcou de alguma forma. Por essa razão, algumas
pessoas conseguem se recordar de fatos da infância longínqua.
Comentarei em um outro capítulo que o interesse é
um ativador do poder de retenção da memória. Deste modo,
creio que no momento em que você decida estudar, deva estar
extremamente motivado, caso contrário, o assunto será
misturado na sua “gaveta” como se fosse algo sem valor e no
instante em que você quiser recuperá-lo será difícil encontrar.
Exercício n. 01 - Relaxar a mente antes de estudar
É como se você fosse buscar um espaço reservado na
“gaveta” para guardar os assuntos que irá estudar. É necessário
acalmar a mente, repousar o espírito das agitações, ansiedades,
preocupações e tudo mais que irá intervir na sua capacidade
retentiva.
1. Isole-se em um lugar sem ruídos onde não possa
ser interrompido.
2. Deite-se ou sente-se o mais relaxadamente possível.
Se preferir deitar, que seja de costas voltadas para
o apoio e os braços ao lado do corpo.
3. Feche os olhos para ajudar na concentração.
Imagine que está olhando para o alto de sua cabeça.
4. Observe a sua respiração. Concentre-se no ar frio
que entra em seus pulmões, e perceba que sai
quente. Perceba como seu estômago infla junto com
seus pulmões, fique atento ao som de sua
respiração. Respire o mais profundamente que
puder.
5. Após alguns minutos de inteiro abandono do seu
corpo e de ficar apenas observando a sua
respiração, diga em voz baixa as seguintes
palavras: RELAXE, RELAXE, RELAXE. Ao dizer isto, sinta
seu corpo inteiro relaxando por completo. Bastará
você repetir estas palavras para seu corpo lhe
obedecer. Nas primeiras tentativas, pode ser que
não ocorra um relaxamento total, porém, com o
passar dos dias, seu corpo obedecerá prontamente
às suas sugestões.
6. Quando sentir que o corpo e a sua mente estão
tranqüilos, calmos e relaxados, diga as seguintes
frases, procurando sentir a emoção do que elas
representam em sua vida:
“EU ADORO APRENDER, MINHA MENTE APRENDE COM EFICIÊNCIA E
FACILIDADE; EU ATINGIREI TODOS OS MEUS OBJETIVOS. TUDO O QUANTO
IREI ESTUDAR AGORA FICARÁ GRAVADO EM MINHA MEMÓRIA E PODEREI
LEMBRAR QUANDO DESEJAR, TENHO UMA BOA MEMÓRIA, APRENDO COM
FACILIDADE.”
Algumas pessoas perguntam quanto tempo deve-se
ficar observando a respiração, repetindo as palavras “relaxe,
relaxe, relaxe”, ou reiterando as sugestões. Digo-lhes que
no máximo vinte minutos devem ser gastos em todo o
exercício. Saiba aproveitar o seu tempo. As sugestões são
importantes, mas não terão validade alguma se você não
souber transformá-la em realidade, dedicando-se aos estudos.
Após se sentir confiante, logo que acabar o exercício,
entregue-se à leitura dos assuntos do programa estabelecido
para o concurso e faça valer a sugestão que deu a si mesmo.
Pense sempre nos benefícios que você terá se for
aprovado. Veja-te sempre como vencedor. Mantenha esta
imagem de si mesmo como alguém que já foi aprovado, mas,
enquanto o dia do concurso não chega, você deve estudar o
máximo que puder. Faça disso uma verdadeira guerra de vida
ou morte. Entregue-se ao prazer de estudar, sinta vontade de
saber mais. É gostoso quando se abre um livro e se sabe tudo
o que está escrito ali. É sensacional responder a qualquer
pergunta que nos façam acerca de determinados assuntos.
Ficamos com uma sensação de importância e superioridade
gratificantes.
Exercício n. 02 - Relaxar a mente antes da prova
Se você já participou de algum concurso, sabe como
se sentiu antes de receber as provas, durante o recebimento e
depois que começou a responder as questões. O nervosismo
é muito evidente e a ansiedade, imensa. As mãos começam
a transpirar, alguns sentem distúrbios intestinais, outros têm
acessos de tosse ou espirram terrivelmente. Alguns
pigarreiam sem parar. Há aqueles que fumam como loucos.
Poucos são os que se conservam calmos, tranqüilos e
sorridentes de verdade. (Muitos sorriem de nervosismo.)
O momento da prova é um momento sublime. É o
instante em que você deve estar o mais tranqüilo possível,
sem ansiedade, nervosismo ou afobação. É um momento tão
importante que mereceu considerações especiais em um
capítulo deste livro: “O que você deve fazer antes, durante e
depois das provas”.
Este exercício vai fazê-lo relaxar a tal ponto que será
como se você estivesse realizando uma auto-hipnose, onde
sua mente trará à tona todas as respostas que você necessita.
Vamos ao exercício.
1. Sentado na posição correta de quem vai escrever
ou assistir uma aula, feche os olhos (não se importe
com as outras pessoas, elas pensarão que você está
adormecendo).
2. Respire o mais profundamente que puder, iniciando
por observar sua respiração. Faça isso sem pressa.
3. Repita mentalmente para si mesmo: “RELAXE,
RELAXE, RELAXE” ; sinta seu corpo tranqüilo e
rapidamente você estará em estado Alfa.
4. Repita para si mesmo mentalmente:
“ TEREI AS RESPOSTAS CERTAS PARA TODAS AS PERGUNTAS. LEMBRAR-
ME-EI DE TUDO QUE PRECISO SABER. MINHA MEMÓRIA ESTÁ ALERTA,
MINHA MENTE LÚCIDA E TRANQÜILA”.
É bom que você tenha praticado inúmeras vezes os
exercícios que lhe dei, pois o costume terá condicionado a
sua mente a tal ponto que, no momento em que começar a
dar respostas, ficará surpreso de como se lembra com
facilidade do que estudou.
É importante lembrar que numa memória (a sua)
jamais podem ser encontradas coisas que não foram
colocadas lá. É como ocorre com a gaveta, se você não jogou
dentro dela um pedaço de barbante azul nem adianta remexê-
la, pois não o encontrará lá.
É fundamental que você leia todos os assuntos
mencionados no programa. Alimente a sua memória com
todas as coisas que presume serem importantes. Releia
centenas de vezes os textos de difícil compreensão, só assim
sua memória ficará marcada, e as chances de você ao menos
lembrar dos assuntos será grande.
De nada valerão os exercícios se não houver
dedicação, de sua parte, para os assuntos. De um modo geral
os exercícios visam a livrá-lo da ansiedade, do nervosismo,
ou seja, dos bloqueios que impedem a sua aprendizagem.
Sempre que você for realizar uma tarefa que exija
grande esforço de sua mente, faça alguns minutos de
concentração, recorde-se dos exercícios e repita as frases
afirmativas. Não é necessário repetir as mesmas frases que
eu sugeri. Faça você mesmo as frases que criem em sua mente
a autoconfiança e o entusiasmo. Essa é a maneira mais segura
de aprender tudo o que você deseja.
Como escolher o material de estudo
Se você já fez a sua inscrição para um determinado
concurso ou já foi informado sobre a data da prova, eis o
momento de escolher o material que vai utilizar para estudar.
Um construtor, após elaborar o projeto de uma casa e
delimitar na planta o tamanho e localização dos cômodos,
só poderá iniciar seu trabalho quando tiver o material, ou
pelo menos parte dele, ao seu dispor; do contrário, a casa
não sairá do projeto. Do mesmo modo como o construtor
usará pedras, areia, cimento e tijolos para edificação da casa,
você precisa ter às mãos livros, apostilas, informações
disponíveis sobre os temas que irá aprender. Isto pode perecer
uma tarefa simples, porém, saiba que a qualidade do material
que escolher será determinante para que você alcance um
bom resultado. Um construtor que use material de terceira
categoria construirá uma casa de péssima qualidade, incapaz
de suportar as intempéries.
O programa do concurso será, a partir de agora, a sua
“planta baixa” e você deverá tê-lo sempre à mão enquanto
estuda, caso contrário, poderá esquecer-se de algum assunto
importante. Imagine o que aconteceria se, no dia da
inauguração de uma casa, com todos os convidados reunidos
para comemorar e brindar, por um descuido do construtor,
ela não tivesse telhado... e desabasse uma tempestade.
Às vezes isso ocorre com candidatos a concursos.
Estudam muitos assuntos e se esquecem de alguns que são
indispensáveis. A falha reside em não usar o programa do
curso como roteiro básico.
Todos os concursos que se prezam dão aos candidatos,
no momento da inscrição, um programa detalhado,
especificando todos os assuntos importantes a serem
estudados. Guarde consigo aquela relação e, caso a perca,
volte ao local onde se inscreveu para conseguir outro
programa, ou peça a uma pessoa que também tenha feito
inscrição. Alguns jornais especializados costumam publicar
o edital na íntegra. Verifique na redação desses jornais quais
as edições em que foram publicados o edital e o programa
do concurso que irá fazer. Esta é apenas uma maneira prática
de obter, de modo efetivo, um programa efetivo, um programa
perdido. Todavia, o melhor que você tem a fazer é tirar
algumas cópias dele assim que o tiver em mãos. Prevenindo-
se contra o extravio, você terá assegurado o primeiro grande
passo para o sucesso no concurso desejado.
Apostilas
Antes mesmo do programa de um concurso ser
divulgado, você encontrará, espalhadas por bancas de
revistas, livrarias e pontos de camelôs, apostilas que
pretendem conter “todo o programa oficial”. Você deve
adquirir tais apostilas antes de ter em mãos o programa
entregue diretamente pelo órgão responsável pelo concurso.
É preciso que você saiba que 70% das apostilas
lançadas no mercado são mal elaboradas, cheias de erros e
inadequadas ao estudo. Muitas (as melhores) não passam de
cópias mal feitas de textos de livros, apostilas antigas, coisas
que qualquer um pode fazer.
Tenha muita cautela ao pagar preços exorbitantes por
determinadas apostilas, pois nem sempre valem o preço do
papel. Não existe nenhuma fiscalização por parte dos órgãos
públicos no sentido de coibir os abusos desses pretensos
professores e elaboradores de apostilas e cursinhos.
A maior parte das apostilas que existem à venda são
confeccionadas às pressas, e tudo indica que seus
elaboradores têm o propósito de resumir os assuntos que
deveriam ser estudados com profundidade. Assim é que
recomendo a máxima atenção na escolha de uma apostila.
Siga as “dicas” que lhe dou e você terá êxito:
Ø
Compare os assuntos do programa oficial com as
matérias e assuntos constantes nas apostilas que você quer
comprar. Algumas não são completas e às vezes possuem
um índice falso que, para o leitor precipitado, dá a
impressão de que a apostila está completa.
Ø
Verifique totalmente a apostila e, se possível, procure
identificar a quantidade de matéria existente para cada
assunto. Se perceber que não fizeram uma exposição
detalhada de cada item do programa oficial não adquira a
apostila, pois de qualquer modo teria que pesquisar em
outros livros para complementar seus conhecimentos.
Ø Em praticamente todas as cidades existem empresas,
cursinhos e mesmo professores já tradicionalmente
conhecidos por elaborarem boas apostilas. Caso inexistam
cursinhos tradicionais que lhe dêem ao menos uma prévia
segurança do material que você quer adquirir, esteja atento
para os detalhes que exponho nestas “dicas”.
Ø Cuidado com os preços exorbitantes. Nem sempre o mais
caro é o melhor. Compare os preços das diversas apostilas
que encontrar disponíveis para compra. Opte sempre pela
mais completa.
Ø Esteja atento à encadernação da apostila. Algumas são tão
mal encadernadas que largam as folhas após a primeira
leitura. A menos que você possa reencadernar o material
adquirido, evite o descontentamento de perder páginas
importantes.
Ø Antes de comprar uma apostila, certifique-se de que todas
as páginas estão perfeitas, pois não é raro ocorrerem
defeitos de impressão.
Livros
Se você quer realmente ser aprovado em concurso,
saiba que os livros serão as mais importantes ferramentas de
trabalho que lhe conduzirão ao êxito. Quais os livros que você
deve selecionar par o seu estudo? Onde encontrá-los? As
respostas estão nestas orientações:
Ø Cuidado com livros antigos e desatualizados. Muitas
pessoas estudam nesses livros e acabam obtendo
informações ultrapassadas. A menos que não encontre em
edições novas os assuntos que você deseja, jamais compre
ou estude em livros com mais de cinco anos de publicação.
É obrigatório em que todos os livros didáticos conste a
data de publicação. Procure-a nas primeiras páginas, antes
do sumário.
Ø Vá a bibliotecas públicas ou entidades que estão
promovendo o concurso e faça um levantamento dos livros
que lhe interessam para o estudo. Se puder pegá-los
emprestados, pesquise neles, tome notas ou compre um
exemplar daqueles que julgar mais importantes.
Ø Tire cópias de livros, selecionando apenas os assuntos que
lhe interessam; é uma forma excelente de economia, pois
evitará despesas na compra de um exemplar que após o
concurso se tornará inútil.
Ø É sempre bom ter diversos livros que tratem dos mesmos
assuntos. A linguagem de certos autores é por demais
técnica e pode dificultar a compreensão. Tendo em mãos
vários textos, você terá facilidade de fazer comparações e
adotar o que for mais claro e objetivo.
Provas anteriores
É certo que a maioria dos concursos públicos não
divulgam a posteriori o resultado das provas ou fazem
comentários sobre elas. Julgo essa atitude um desrespeito para
com os candidatos, que deveriam ao menos saber que nota ou
classificação obtiveram. A maioria dos concursos apenas
divulgam a famosa “lista dos aprovados”. Seria bom se também
exibissem as provas com os respectivos gabaritos, pois isso
auxiliaria outros candidatos a terem idéia do tipo de prova e
dos assuntos mais importantes.
Se você vai prestar exame vestibular, é sempre bom
pegar provas de dois ou três concursos anteriores e identificar
os assuntos mais solicitados. As questões mais difíceis devem
ser objetos de estudo. Assinale nos seus livros e anotações os
principais assuntos pedidos nas provas anteriores para poder
nortear seus estudos.
Quando se tratar de provas curriculares ou
acadêmicas, você também pode pesquisar com colegas de
outras turmas que se submeteram aos mesmos testes e, a partir
deles, saber os assuntos mais solicitados pelo professor da
disciplina. Alguns professores às vezes repetem as mesmas
provas dos períodos ou semestres passados. Você pode se
prevenir estudando os testes ou provas já realizados em outras
turmas do mesmo curso que você estuda. Sabe-se de alguns
professores que têm preguiça de elaborar a cada ano novas
provas e testes. Esteja atento a essas “bobeadas” docentes e
tire proveito delas.
Mesmo que você não possa dispor de provas de
concursos passados, converse com uma ou duas pessoas que
já as fizeram. Suponhamos que você vai fazer um concurso
para fiscal de ICM. Será bom descobrir qual foi a data em
que o órgão fez concurso e contactar com fiscais de ICM. É
quase certo que lhe darão ótimas “dicas” sobre os assuntos
mais solicitados em provas. A menos que o último concurso
tenha sido realizado há muitos anos, será sempre bom fazer
este tipo de consulta. Normalmente as pessoas aprovadas e já
empregadas sentem um certo orgulho e vaidade em ajudar os
novos aspirantes. Se você disser que precisa desesperadamente
de algumas orientações, seus futuros colegas não negarão
ajuda.
Cadernos , lápis etc
Selecionar o material de estudo é uma tarefa muito
importante quando você quer, de fato, se preparar para ter
sucesso. Alguns cadernos não são práticos e funcionais. Você
deve adquirir cadernos de tamanho médio (nunca grande) e
que tenham espiral. Além de poder abri-los à vontade, ainda
lhe oferecem a vantagem de tirar as folhas, sem danificá-los.
Escolha cadernos com no máximo 200 folhas, pois
ficará mais fácil transportá-los em uma bolsa para onde quer
que você deseje estudar.
Lápis, borracha, canetas e pincéis também devem
fazer parte do material selecionado para seu estudo. Não
esqueça de colocar tudo em um estojo, que pode ser até mesmo
uma pequena sacolinha de pano que você mesmo confeccione.
Cuide que na boca do saquinho fique um barbante para amarrá-
lo. Esta é uma forma de ter suas canetas e lápis bem guardados
e disponíveis a qualquer hora. Algumas pessoas gastam 20%
do tempo que deveriam usar para estudar à procura de certos
materiais, que parecem sumir exatamente no momento em que
precisam deles.
Borracha, apontador, régua, compasso e outros
instrumentos de estudo devem estar sempre à mão quando as
matérias a serem estudadas requerem o uso deles. Não se pode
conceber que um candidato à prova de Geometria não tenha
estudado com réguas, compasso, transferidor, lápis e borracha.
Infelizmente algumas pessoas o fazem e, lamentavelmente,
nunca são aprovadas.
Uma boa calculadora pode ajudar em muito durante
os seus estudos. A única observação a fazer é que se ela não
puder ser usada durante a prova, então será melhor abandoná-
la desde já, pois precisará de muita prática nas operações
simples de somar, multiplicar, subtrair e dividir. Não se deixe
viciar pelo uso abusivo de calculadoras. Algumas pessoas
embotam de tal forma o raciocínio que ficam incapazes de
fazer uma simples operação aritmética.
Quando você tiver certeza de que permitirão o uso
de calculadoras de bolso durante a realização de uma prova,
então comece a usá-la desde a fase preparatória.
As canetas finas de várias cores, do tipo hidrocor,
devem fazer parte de seu material de estudo, pois sempre
poderão ser usadas para sublinhar e destacar alguma coisa
importante. Dê preferência às cores vivas, como vermelho,
verde e azul.
Todo material de estudo deve ser acondicionado numa
pasta ou caixa que seja de uso exclusivo. Não misture os livros
selecionados para o seu programa de estudo com romances
ou outro tipo de literatura diferente (a menos que os romances
façam parte do material) . É importante você ter tudo reservado
e selecionado. Estudar parece ser algo divertido, e realmente
o será, somente se você levar a sério. É o mesmo que você
desejar jogar uma partida de xadrez e ter à mão o tabuleiro e
todas as peças, sem faltar uma.
Fatores que impedem e limitam a
aprendizagem
Por que algumas pessoas sentem dificuldades em
aprender?
Por que outras conseguem bons resultados em provas
e testes, tendo às vezes estudado por pouco tempo, e outras,
mesmo tendo dedicado muitas horas, jamais conseguem
resultados positivos? O fator inteligência influi na
aprendizagem ou é um fator de pouca relevância?
Para esclarecer de uma vez por todas as informações
necessárias para que você descubra o que pode interferir na
sua aprendizagem, definamos minuciosamente os três tipos
de fatores que influem negativamente no processo de
aprendizagem. São eles:
Fatores ambientais
Temperatura excessivamente baixa ou alta, no
ambiente de estudo, provoca um desconforto físico e,
consequentemente, psicológico no estudante, interferindo na
sua concentração. Ao isolar-se para estudar, cuide para que a
temperatura do ambiente esteja agradável e suas roupas,
adequadas e confortáveis. Correntes de ar ou abafamento
provocam alterações fisiológicas no corpo humano e interferem
no sistema nervoso, levando quase sempre ao nervosismo, que
gera um bloqueio da memória. Quer esteja em casa ou numa
que o brilho destas lâmpadas não interferem na leitura. Faça
um teste consigo mesmo e descubra que tipo de luz artificial
melhor se adapta ao seu caso. Uma pesquisa que eu mesmo
realizei em uma turma de 120 alunos de segundo grau
comprovou que 80% deles preferiam as lâmpadas fluorescentes
às demais. Para que você consiga ler durante longo período de
tempo faz-se necessária a luminosidade ideal, nem muito
intensa, nem muito fraca.
Postura corporal é outro fator de interferência na
aprendizagem. Ao sentar-se numa cadeira muito dura, você
mudará instintivamente de posição, à procura de uma postura
mais confortável. Enquanto seu corpo sofre este desconforto,
sua mente sai de sintonia, ou seu sistema nervoso entra em
estresse. Procure sentar-se corretamente ao se posicionar para
estudar, quer numa sala de aula ou em casa. A postura ideal é
aquela em que você se senta ereto, com as costas no espaldar
da cadeira, mantendo os ombros nivelados e o pescoço firme.
Ao escrever ou tomar notas de uma aula, providencie para
que o papel esteja bem posicionado, do lado em que você
escreve, sempre mantendo-o um pouco inclinado (oblíquo)
em relação ao seu braço. Não se debruce sobre o papel. Evite
também assentos muito confortáveis, com poltronas, que
acabarão por relaxá-lo excessivamente, fazendo com que você
adormeça após algum tempo. O mesmo pode ocorrer quando
se estuda deitado. A posição cômoda de uma cama fará o seu
inconsciente, condicionado a dormir naquela posição, se sentir
sonolento.
Ruídos estridentes, compassados ou não, são
extremamente estressantes para qualquer estudante. O nosso
sistema auditivo precisa estar livre de excitações de quaisquer
espécies para que a mente trabalhe com eficiência. Você pode
estudar em um ambiente barulhento e em outro tranqüilo para,
então, avaliar os resultados da sua aprendizagem.
O ruído da TV, do rádio ou de outros aparelhos
sonoros interferem negativamente na sua concentração. Os
estudiosos desse setor afirmam que nossa mente, consciente,
só consegue fixar as informações quando a concentração é
total. Isso quer dizer que se introduzirmos sinais sonoros e
visuais, simultaneamente, em nossa memória ela terá
dificuldade em fixar todas as impressões recebidas. Ora poderá
fixar impressões sonoras, ora impressões visuais. Isso equivale
a dizer que enquanto você estiver lendo um livro num ambiente
cheio de ruídos, sua mente oscilará na fixação das impressões
chegadas até ela. Por alguns segundos você “se esquecerá” do
que lê para dar atenção àquilo que ouve. Isso ocorrerá durante
todo o tempo em que durarem os ruídos, podendo estes, às
vezes, eliminar completamente o seu interesse por aquilo que
lê.
Esse fato ocorre com freqüência quando estudamos
com aparelho sonoro tocando música. Certas canções nos
arrebatam o espírito a ponto de esquecermos por completo
aquilo que estamos estudando, e, quando nos dermos conta, já
se passarem muitos minutos ou até horas. Se quiser obter o
máximo de rendimento dos seus momentos de estudo, desligue
todos os aparelhos de som e elimine ao máximo os ruídos que
existam no seu ambiente de estudo.
Existem outras interferências visuais ou táteis que
prejudicam a aprendizagem. Poderíamos citar, por exemplo,
o fato de a todo instante você ter que atender o telefone que
toca, ou a campainha, deixando a leitura de lado. Nesses
intervalos, a sua mente perderá o “fio da meada”, sua
concentração ficará prejudicada e, consequentemente, você
não aprenderá tanto quanto deseja.
Quando no ambiente que você estuda existem pessoas
que ficam andando de um lado para outro, entrando ou saindo
da sala, tais movimentações distraem a sua mente e você perde
a concentração. Evite tais perturbações durante o seu período
de estudo. Numa sala de aula (caso você freqüente algum
cursinho preparatório), não sente-se no fundo, ou próximo a
colegas que gostam de conversar. Os piores lugares para se
assistir a uma aula são:
ü No fundo da sala (má audição e visibilidade do quadro);
ü Próximo a colegas tagarelas;
ü Em frente a janelas (distraem a mente e os olhos);
ü Em frente a portas (distrações e correntes de ar);
ü Nas laterais (que podem dificultar a visão do quadro);
ü Muito próximo ao quadro (dá ao corpo uma postura
incômoda).
Passemos, agora, aos demais fatores bloqueadores da
aprendizagem:
Fatores Psicofisiológicos
Certos fatores ambientais estão entrelaçados com os
fatores psicofisiológicos tais com ruídos, postura corporal etc.
Isto porque o ambiente provoca modificações fisiológicas e
psicológicas nos indivíduos. Entretanto, independente do
ambiente, outras causas interferem negativamente no processo
de aprendizagem, sendo possível também eliminá-las ou tratá-
las para que se consiga melhor aproveitamento dos períodos
de estudo.
O sono, quando ocorre nos momentos adequados, ou
seja, no instante em que o corpo precisa recarregar as células
nervosas com energia, por um período que varia entre seis e
nove horas diárias, é tido como saudável e natural. Todavia,
quando ocorre exatamente nos momentos de estudo, então algo
de errado está acontecendo. Do mesmo modo que você não
deve estudar quando estiver sonolento, pare as atividades
intelectuais se sentir sono. As duas coisas não podem ser
conciliadas. Alunos que dormiam poucas horas de sono por
dia dificilmente conseguiam bons resultados nos exames,
segundo constatou uma pesquisa realizada nos Estados Unidos
recentemente. O melhor é descobrir o período ideal de sono
que se deve dar ao corpo, e preenchê-lo totalmente. Durma o
suficiente para quando for estudar não sentir sono. Se isso
acontecer, desperte de qualquer maneira. Existem algumas
formas de fazer isso, uma delas é tomar um rápido banho frio,
ou um café quente. A cafeína age como estimulante do sistema
nervoso, bastando uma xícara grande para despertá-lo do sono
iminente. Evite misturar café com bebidas alcoólicas ou Coca-
Cola, como fazem alguns. Não é raro os hospitais receberem
pessoas drogadas com tais misturas. O café puro é uma
recomendação antiga e que também tem um efeito psicológico
muito grande nos estudantes. Pelo simples fato de acreditar
que vão ficar despertos após ingerirem uma xícara de café,
acabam se sugestionando e ficando realmente despertos... antes
mesmo de a cafeína atingir o sistema nervoso.
O cansaço físico e mental é algo bastante comum nos
dias de hoje. Todos vivem cansados do corre-corre diário e
dificilmente conseguem refazer as energias corporais antes
de iniciar um período de estudo. O rendimento escolar de
alunos que freqüentam cursos noturnos é 30% mais baixo do
que os demais que estudam pela manhã e 20% menor do que
os que estudam no turno vespertino. Isso deve estar relacionado
ao desgaste físico e emocional que alguns alunos sentem ao
longo de um dia ou um turno de trabalho. É óbvio que pela
manhã as energias estão intactas, sendo consumidas
gradativamente nas atividades rotineiras do dia. É de se esperar
que uma pessoa cansada tenha a sua capacidade de aprender
reduzida. Minha recomendação é que você procure descansar,
repousar pelo menos alguns minutos antes de iniciar o período
de estudo. Relaxar a mente e o corpo é fácil e só requer algum
treino; com o passar do tempo, será automático, bastando você
deitar e fechar os olhos. Descanse pelo tempo que for
suficiente, caso contrário de nada adiantará empregar o seu
tempo para estudar. O seu rendimento é o que importa. Melhor
é estudar trinta minutos diários e aprender tudo do que fazê-lo
por duas horas e não aprender nada.
As doenças são outro fator bloqueador da
aprendizagem, do mesmo modo que o cansaço debilita o
organismo, deixando-o sem disposição e apático. Se quer
estudar para aprender, cure as suas dores de cabeça e mal-
estares antes de sentar-se para ler. Dificilmente uma pessoa
sentindo dores de estômago, cabeça, dentes, ouvidos ou
qualquer outro tipo de mal-estar terá um rendimento
satisfatório nos estudos. Faça exames médicos para eliminar
males crônicos. Muitas pessoas sentem dor de cabeça ao iniciar
uma leitura ou, decorridos alguns minutos, sentem um imenso
cansaço mental. Um bom oftalmologista lhe indicará lentes
adequadas para uma leitura agradável.
A ansiedade é um fator terrível no bloqueio da
aprendizagem. Existem muitas causas para a ansiedade:
ü Preocupações
ü Angústias
ü Inseguranças
ü Medos
ü Intranqüilidade
Todas as vezes em que nossa mente está permeada
desses sentimentos ficamos “ansiosos”. Baseados numa lei
da Física, que afirma que dois corpos não podem ocupar o
mesmo lugar no espaço, deduzimos que a mente não pode
absorver informações e conhecimentos se estiver “preenchida”
por sentimentos fortes.
Você sabe o quanto isso é verdadeiro pois, no
momento em que estamos com algum tipo de problema,
dificilmente conseguimos nos concentrar numa exposição dada
em sala de aula, a menos que o assunto nos seja do mais alto
interesse. Nossas preocupações “enchem” a mente, impedindo-
a de absorver outras informações ou de aprender com precisão.
O melhor a fazer é tomar consciência da importância do seu
período de estudo. Nada, coisa alguma deve se misturar àquele
momento. Decida que não dará importância aos seus problemas
e ansiedades por trinta minutos, só depois é que se preocupe
com eles. Recuse-se a se deixar levar pelos devaneios enquanto
estuda.
Obriga-se a voltar ao início todas as vezes que se der
conta de que não estava totalmente concentrado.
O desinteresse figura como um dos fatores que
limitam e bloqueiam a aprendizagem pois, se de houver de
sua parte interesse em aprender alguma coisa, de pouco valerão
as técnicas empregadas, a eloqüência do professor ou a riqueza
do material didático. Você só aprende aquilo porque se
interessa, não há meio termo.
Este livro, por exemplo, já está sendo lido por você
porque possui alguma coisa que lhe interessa, caso contrário,
estaria empoeirando na prateleira de uma livraria. Mesmo que
estivesse momentaneamente desinteressado em aprender as
técnicas para aprender a estudar, você o leria sem fixar alguma
coisa. Ou seja, você teria olhado as páginas, as letras e as
palavras, porém as idéias não teriam sido absorvidas por sua
memória, por sua mente consciente. Seu precioso tempo teria
sido simplesmente desperdiçado. Para superar esse bloqueio
só há uma coisa a fazer: acenda a chama do interesse por tudo
que precisa aprender, e você aprenderá facilmente.
O quociente da inteligência também é outro fator
limitante em algumas aprendizagens.
Uma certa corrente de psicólogos não aceita o fato
de que a memória de um indivíduo determina o seu quociente
de inteligência. Dizem os partidários dessa teoria que a
memória e a inteligência são distintas e independentes. Isso
pressupõe que um indivíduo possa ter notável habilidade para
encontrar soluções de problemas mas possua péssima memória.
Outra corrente de psicólogos porém (e eu me incluo nela),
admite que a memória e a inteligência estão interligadas e que
a aprendizagem só ocorre quando ambas estão num nível
considerado normal dentro de uma média. Creio que você,
possuindo uma boa memória e uma inteligência dentro da
média (QI = 110) terá mais facilidade em aprender do que outros
que estejam abaixo da média. E a facilidade tenderá a aumentar
quanto maiores forem o QI e a capacidade retentiva da memória
de um indivíduo.
Fica então estabelecida a polêmica, uma vez que tanto
a memória quanto a inteligência são mensuradas por padrões
globais. O que interessa, todavia, é sabermos que uma pessoa
com QI baixo terá dificuldade de aprender. Resta saber se é
possível melhorarmos nossa inteligência e, assim,
conseguirmos um melhor rendimento dos estudos. Sou
partidário de que qualquer indivíduo pode melhorar a sua
inteligência se exercitar constantemente o raciocínio. Quanto
mais estiver envolvido em encontrar soluções e respostas, mais
e mais se ampliará a capacidade intelectiva e de compreensão.
O hábito de leitura, de expor idéias, através da escrita, ajuda a
desenvolver oraciocínio e, consequentemente, melhora o poder
de aprendizagem.
Fatores antipedagógicos
Estes são os fatores relacionados com o material de
estudo ou mesmo a forma com que ele é apresentado.
Material ilegível bloqueia e reduz a capacidade de
compreensão por parte do estudante. Letras muito pequenas,
borradas, apagadas ou mal impressas constituem barreiras para
a boa leitura e, consequentemente, impedem a absorção dos
conhecimentos ali contidos. Evite adquirir livros que possuam
estas características.
Um vocabulário difícil e cheio de termos
desconhecidos também diminui em muito a capacidade de
aprendizagem por parte do estudante. Desperdiça-se um tempo
precioso na consulta a dicionários e, deste modo, perde-se a
concentração e o famoso “fio da meada”, tão importante
quando se lê um texto. Prefira autores que se expressem clara
e naturalmente àqueles que tornam os assuntos complexos pelo
uso de uma linguagem erudita e excessivamente rebuscada.
Por vezes encontramos textos tão difíceis que até mesmo os
próprios autores teriam dificuldade em entendê-los. Quando
se tratar de livros técnicos, o ideal é ter-se à mão um dicionário
específico da ciência que se precisa estudar. Suponhamos que
você tenha que estudar para um concurso na área de
Biomedicina. Obviamente seus livros versarão sobre temas
científicos ligados à Medicina e Biologia, fazendo-se
necessário o uso de um dicionário de Biologia e Medicina
para entender as palavras e termos técnicos específicos.
Quando você está em uma sala de aula tentando
aprender determinados assuntos mas não consegue ouvir o
professor, dificilmente dirá que aprendeu alguma coisa, não é
mesmo? Para evitar este bloqueio, posicione-se numa distância
que permita ouvir nitidamente tudo quanto é transmitido, caso
contrário terá uma enorme perda de tempo e desgaste mental
e precisará estudar outra vez toda a matéria.
Alguns professores possuem cacoetes horríveis que
bloqueiam, distraem ou irritam alguns alunos mais sensíveis.
Eis alguns deles:
Ø Ficar andando de um lado para outro sem
Ø parar.
Ø Repetir a toda hora expressões como “estão
Ø entendendo?”, “certo?”, “realmente” e
Ø outras.
Ø Passar constantemente a língua nos lábios.
Ø Usar roupas, ou fazer gestos, sensuais.
Como você nota, tais coisas podem distrair, em boa
parte do tempo, a mente dos estudantes, conduzindo-os a um
estresse psicológico e, consequentemente, desviando a atenção
do principal motivo que os levou à sala de aula. Dificilmente
devemos bloquear os cacoetesdos professores, mas podemos
aprender a focalizar a nossa mente no que nos interessa, como
veremos no próximo capítulo.
Todas as interferências negativas, quer do ambiente,
do material, psicológicas ou provocadas por outras pessoas,
são desafios que necessitam ser vencidos se quisermos
aprender rapidamente.
Vivemos num mundo onde tudo deve ser feito às
pressas. Ninguém quer perder um minuto sequer da vida. As
palavras que se ouve com muita freqüência sobre a
disponibilidade de tempo das pessoas são : “Não tenho tempo.”
Somos obrigados a aprender muita coisa em pouco
tempo. Comemos, dormimos, estudamos, trabalhamos e até o
nosso lazer é feito às pressas. A pressa é nossa companheira
nas relações amorosas e com os amigos, no nosso descanso;
enfim, em praticamente todas as atividades. E o que temos
lucrado com toda essa pressa? Acidentes, úlceras, divórcios,
tumultos, rancor, ignorância etc. Veja a raiz psicológica desses
males e você encontrará a pressa como fator capital. Não somos
tão bons quanto poderíamos se fazemos tudo às pressas.
Algumas coisas requerem paciência e compasso certo para se
tornarem perfeitas. Uma planta pode ser estimulada a produzir
antes do tempo certo mas, dificilmente produzirá bons frutos.
No próximo capítulo estudaremos as formas seguras
para que você desenvolva a concentração ao máximo e assim
possa superar as distrações impostas pelo ambiente quando
Como dominar assuntos difíceis
Não há um único estudante que jamais tenha
encontrado um assunto difícil, que nunca tenha lido e relido
um texto inúmeras vezes e até desistido de entendê-lo. Este
poderia ser chamado de “um assunto difícil”. Como estudar
matérias e temas tão complicados? Existe um modo de torná-
los mais fáceis? Vamos entender estas e outras questões
importantes.
A primeira coisa que você deve fazer ao estudar um
assunto considerado difícil é dividi-lo em partes menores. É o
método tradicional para comermos alimentos grandes: parti-
los em pequenos pedaços. Quando você lê um texto muito
grande, deve estar atento para o cabeçalho dele. Observe
também os subtítulos, pois dão uma idéia básica do conteúdo
de cada parte do tema principal. Vamos ver um exemplo, para
tornar mais clara a recomendação.
A matéria que você vai estudar: Organização Social
e Política do Brasil.
Ao iniciar a leitura do livro que fale sobre o assunto
descrito você encontrará títulos e subtítulos.
Primeiro título encontrado: Organização social.
Ao ler este título você fica sabendo que o texto que
se segue a ele falará apenas sobre a “organização social” (não
está incluída a “organização política”).
Primeiro subtítulo encontrado no texto: Conceitos.
Conceitos são opiniões formadas sobre alguma coisa.
Neste caso o subtítulo indica que o texto que se segue dará
diversas opiniões (conceitos) sobre o significado de
“organização social”.
Segundo subtítulo encontrado no texto: Tipos de
Sociedade.
Creio não precisar de comentários acerca deste
subtítulo. Após relacionar os tipos de sociedades brasileiras,
continuaremos a leitura e encontraremos um novo subtítulo:
A Pirâmide Social Brasileira.
Estando atento aos títulos e subtítulos, você vai
penetrando lente e gradualmente na matéria. Ao dominar um
tópico, passe para o seguinte. Repita-o mentalmente até ter a
convicção de que aprendeu e memorizou. A “digestão” dos
assuntos deverá ser feita aos poucos. “Mastigue” os assuntos
com toda a paciência, até ter certeza de que já os triturou
suficientemente. Procedendo assim você não terá dificuldade
alguma de ir avançando até o final.
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES:
Ø Sempre que possível, peça um amigo para esclarecer
alguma dúvida acerca de assuntos difíceis. Talvez um
professor possa, em poucos minutos, explicar com clareza
algo que você levaria semanas para entender.
Ø Quando o assunto for difícil, leia vários autores que falem
sobre o mesmo tema. Em alguns casos, a linguagem torna
complicados assuntos de fácil entendimento.
Ø Divida o texto em pequenas etapas para estudar. Avance
sem pressa à medida que for dominando as pequenas
partes; esta é a maneira correta de estudar qualquer assunto,
seja ele difícil ou não.
Ø Tenha à mão um bom dicionário para tirar dúvidas acerca
das palavras e expressões desconhecidas. A compreensão
da linguagem facilita o entendimento das idéias.
Ø Procure captar a idéia central de cada tema. Descubra o
que o autor está querendo provar ou mostrar. Todos os
assuntos têm um objetivo. Descubra, tão logo quanto possa,
as idéias chaves e memorize-as.
Ø Reserve um maior espaço de tempo para estudar os temas
complicados e intercale-os com os mais fáceis. Se você
estudar duas matérias muito difíceis simultaneamente ou
com pequeno intervalo entre elas, cansará a sua mente e
baixará o rendimento.
Ø Copie de memória as idéias básicas dos temas estudados.
Faça anotações principais como se estivesse explicando a
alguém através de uma carta. Use suas próprias palavras
para reforçar o que aprendeu.
Ø Não se esqueça que associação de uma idéia ou
conhecimento “velho” deve ligar-se aos “novos”
conhecimentos. À medida que se for estudando, vá fazendo
encadeamentos e comparações mentais pois, desse modo
você conseguirá bons resultados em tudo quanto estudar.
Ø Repita com mais freqüência o estudo dos temas que
considera difíceis. Sua memória terá de ser impregnada
com mais repetições para que retenha duradouramente os
conhecimentos adquiridos.
Ø Faça muitas perguntas sobre o tema difícil. De posse de
um questionário, você verá que não existe assunto difícil
e sim mal estudado. As perguntas são pequenos fragmentos
da matéria. Memorizando as perguntas e respostas, você
terá dominado num piscar de olhos qualquer assunto, por
mais complicado que lhe pareça à primeira vista.
As técnicas que o ajudam a aprender
depressa
Você escolheu todo o material para estudar? Livros,
apostilas, cadernos, canetas, lápis etc? Será que falta alguma
coisa? O programa está à vista? Ele representa o mapa com os
caminhos que você trilhará durante o seu período de estudo.
Mas surgem outras perguntas bem curiosas: “Como aprender
mais depressa este montão de assuntos?” “Por onde devo
começar?” “Quanto tempo devo estudar a matéria?”
Depois de analisar as diversas formas de estudo
utilizadas por candidatos vencedores de concursos e de
aperfeiçoar as minhas próprias técnicas, descobri que muita
coisa pode ajudar qualquer pessoa a aprender mais depressa.
Vamos a elas.
A Técnica do Silêncio
Nada pode perturbar mais um estudante do que o
barulho. Os carros passando e buzinando lá fora, o telefone
que não pára de tocar, o som no volume máximo, a TV ligada,
pessoas andando de um lado para o outro; enfim, mil barulhos
que distraem, interrompem e limitam a aprendizagem de
qualquer mortal.
Não adianta dizer que você é capaz de se concentrar
em meio a todo esse barulho. Testes recentes mostram que os
estudantes que se isolavam completamente de ruídos
conseguiam aprender três vezes mais depressa do que aqueles
que não estudavam em silêncio total. Quer notar como sua
mente se concentra muito melhor na leitura de um texto se
estiver isolada de ruídos? Faça então este experimento:
COLOQUE OS POLEGARES, UM EM CADA OUVIDO, FAZENDO UMA PEQUENA
PRESSÃO SOBRE ELES, DE MODO A ISOLAR OS RUÍDOS EXISTENTES À SUA
VOLTA. SEM TIRAR OS POLEGARES DOS OUVIDOS, FAÇA COM QUE OS
DEDOS MÉDIOS DAS DUAS MÃOS SE TOQUEM SOBRE SUA TESTA. APÓIE OS
COTOVELOS SOBRE A MESA ONDE DEVE ESTAR ESTE LIVRO E CONTINUE A
LEITURA.
É sempre bom lembrar que você nunca deve estudar
deitado, ou numa posição em que poderá adormecer
facilmente. Afinal, você quer dormir ou quer estudar para ser
aprovado em concursos?
Esta técnica de isolamento de ruído ajuda, em muito,
pessoas que moram em lugares com altos níveis de poluição
sonora ou que possuem vizinhos mal-educados, que deixam
seus aparelhos de som no volume máximo.
Todas as vezes que você for ler alguma coisa e puder
deixar o material sobre uma mesa, use os dedos polegares para
diminuir o ruído, mesmo que ele não esteja muito grande.
Para abafar os ruídos você também pode usar fones
de ouvido, daqueles que se introduzem no canal auditivo
externo. Evite, porém, enfiar nos ouvidos pedaços de algodão
ou objetos pontiagudos que possam eventualmente ficar presos
ou ferir partes sensíveis.
O mais saudável é que você ao sentar-se para estudar
(nunca deitado), previna-se contra os ruídos indesejáveis.
Reserve seus momentos de estudo como a coisa mais
importante da sua vida. Desligue a campainha do telefone.
Feche as janelas que deixam entrar ruído excessivo. Desligue
qualquer tipo de aparelho sonoro e, se houver algum grilo
fazendo aquele barulhinho enervante, descubra onde ele está
e expulse-o de sua casa ou de seu ambiente de estudo: você
precisa de silêncio... sem grilo algum.
Algumas pessoas não conseguem ficar por uma hora
em absoluto silêncio porque o sistema nervoso parece ter se
condicionado ao barulho. Mas, o fato é prejudicial à
aprendizagem eficaz. O sistema nervoso precisa estar relaxado
e tranqüilo para que você possa assimilar melhor aquilo que
estuda.
No início, quando começar a praticar a “técnica do
silêncio”, você descobrirá que houve significante melhora no
seu poder de concentração, mesmo que não esteja com os
ouvidos tapados.
Se você quer extrair o maior rendimento possível do
tempo que dedica aos estudos, então isole-se acusticamente
ao máximo. Se puder vedar as frestas por onde entra ruído
externo, faça-o. É bom lembrar que o ambiente onde você
estuda deve ser o mais agradável possível em termos de
temperatura, luminosidade etc.
A Técnica Fonodidática
Como o próprio nome sugere, fonodidática significa
utilizar-se de aparelhos sonoros (gravador) para aprender. Para
usar esta técnica você terá que dispor de:
ü Um aparelho de gravador tamanho pequeno
ü Um fone de ouvido
ü Fitas cassetes
Infelizmente algumas matérias como Matemática e
Geometria (apenas a parte teórica), não podem ser estudadas
com o auxílio desta técnica por motivos óbvios. Entretanto,
toda e qualquer matéria teórica pode ser gravada para sua
utilização.
Vamos aos passos importantes:
· Selecione um assunto importante do seu programa.
· Escolha textos de sua apostila ou livros específicos, de
preferência que estejam numa linguagem clara
e objetiva.
·
Isole-se num quarto sem ruídos ou interferências para
realizar as gravações.
· Regule seu aparelho para que a gravação fique em nível
ótimo, e leia os textos de forma compassada e clara.
Quando perceber que um tópico é importante, repita-o
várias vezes.
· Use fita de uma hora (trinta minutos de cada lado) e escreva
à lápis os temas gravados, pois assim você poderá
rapidamente selecioná-las para o seu estudo.
· Nunca grave mais de três temas em cada lado da fita, a
não ser que seja absolutamente necessário.
Pronto! Você já gravou a primeira fita para iniciar
seu estudo utilizando a técnica fonodidática; resta agora saber
como e quando utilizá-la.
ü Depois que você estudar os temas escolhidos para
gravação, sente-se confortavelmente (nunca se deite) ,
coloque os fones no ouvido para uma melhor concentração
e ouça a fita.
ü Quando estiver descansando (horário de almoço, antes de
dormir) ouça as gravações feitas.
ü Durante viagens( de casa para o trabalho, para escola ou
voltando de ambos), principalmente se for um período
superior a trinta minutos, leve o seu gravador e ouça as
fitas.
Alguns alunos perguntam-me se poderiam utilizar
as gravações durante o período em que estivessem dormindo,
para acelerar a aprendizagem, e a resposta foi NÃO , NUNCA.
As pesquisas feitas em vários países do mundo com métodos
de aprendizagem para serem usados durante o sono provaram
que eles são ineficazes, ou os resultados não são significativos.
Assim não recomendo a utilização das fitas enquanto dorme,
mas no período de vigília, tantas vezes quanto se possa.
A técnica seguinte pode ser usada em combinação
com esta, com resultados quase milagrosos. Nossa memória
auditiva deve ser estimulada constantemente, e esta técnica
visa a despertar e incentivar o uso dessa memória.
Não use fitas gravadas quando estiver fazendo
outra coisa que requeira atenção e envolvimento, tal como
datilografar, escrever, conversar etc. É muito provável que a
compreensão da fita fique comprometida se você fizer duas
coisas simultaneamente. Quando estudar usando esta técnica,
não desenvolva outra atividade.
A Técnica Perguntas x Respostas
O princípio desta técnica consiste no fato de que todos
os testes e provas realizados em concursos são constituídos
de perguntas. Ora se os elaboradores das provas vão escolher
várias perguntas dos mesmos assuntos que você está estudando,
se você também fizer várias perguntas e aprender as respostas
é muito provável que algumas delas sejam as mesmas feitas
no concurso.
O primeiro passo para executar a técnica perguntas
x respostas é você selecionar o material que contém os assuntos
do programa. Suponhamos que o assunto seja VERBO, da matéria
português.
Recorte pequenos cartões com o tamanho máximo
de 8x11cm. Dobrando uma folha de papel ofício três vezes,
você obterá pedaços de papel com estas dimensões
aproximadas. São o tamanho ideal.
Escreva na frente do cartão as perguntas e, no
verso, as respostas. Com o tema VERBO, a pergunta pode ser:
O QUE É VERBO?
Cuja resposta é:
UMA PALAVRA QUE EXPRIME AÇÃO, ESTADO, FATO OU FENÔMENO.
Tendo em mãos a gramática, você só terá o trabalho de
formular as perguntas e copiar a resposta de cada uma delas
no verso do cartão. O ideal é fazer perguntas que abranjam
todos os assuntos.
Como estudar com os cartões?
Se você puder levar para todos os lugares um
mínimo de cinqüenta perguntas, poderá aproveitar os
momentos em que fica à espera, ou em que não há nada a
fazer, e estudar uma a uma.
Leia a pergunta e tente lembrar da resposta, caso
consiga, durante dez vezes consecutivas ( marque um tracinho
no canto do cartão ); então é momento de retirar do grupo de
perguntas as questões já aprendidas.
Grave-as também na fita, para ajudar na fixação.
Faça um intervalo de dez segundos após cada pergunta para
em seguida gravar a resposta. Quando estiver ouvindo as
perguntas, tente antecipar as respostas, falando para si mesmo,
em um tom de voz baixo.
Todas as vezes que você estudar com os cartões,
tenha a mão uma caneta ou lápis para assinalar as vezes que
acerta as respostas. Quando estiver estudando em grupo, use
as perguntas para testar e avaliar os conhecimentos.
A Técnica Teatral
Esta é uma técnica que funciona quando se estuda
em grupo. Nunca, no entanto, estude com mais de três pessoas.
O rendimento cai em muito quando o número de pessoas é
superior a três. Mesmo este número reduzido, é necessário
que alguém coordene as atividades do grupo para que não haja
dispersão dos objetivos. É preciso que todos estejam imbuídos
do espírito de aprender para valer e não gastem parte do tempo
conversando assuntos que não tem nada a ver com o objetivo
da reunião. Vamos aos passos para executar a técnica teatral.
Ø Consiga um pequeno quadro de giz para utilizar durante
os estudos.
Ø Peça que seu amigos (dois no máximo) estudem em
silêncio junto com você um assunto previamente escolhido.
Ø Após terminarem a leitura silenciosa, que não deve durar
mais de trinta minutos, sorteie o primeiro “professor” para
dar aula aos dois componentes do grupo.
Ø Cada membro do grupo de verá falar tudo o que for capaz
de lembrar sobre o assunto que que leu, podendo recorrer
apenas a uma pequena ficha de consulta que tenha feito
para se guiar durante a exposição.
Ø O tempo para cada expositor não deve ultrapassar 15
minutos, para que não se torne cansativa a aula, que será
repetida por todos os participantes.
Ø Durante a exposição de cada elemento do grupo, os demais
devem participar, fazendo perguntas para tirar dúvidas;
podem ainda fazer correções, caso o expositor cometa
algum engano. Na dúvida, deve-se consultar o material de
estudo, prosseguindo normalmente a aula.
Ø O quadro de giz deve ser usado como se fosse numa aula
de verdade (o que não deixa de ser), onde os expositores
farão observações, cálculos etc.
Seguindo estes sete passos, você e seus amigos
estarão aptos a realizar uma excelente prova em qualquer
concurso. É bom salientar que se as exposições feitas por cada
elemento do grupo forem de bom nível, os resultados serão
espetaculares.
Alguns estudantes são capazes de dar aulas para
uma platéia “invisível” quando não encontra parceiros para
estudar. Você pode experimentar também, se for o caso. Vale
a intenção.
Após o estudo em grupo usando a técnica teatral,
todos os participantes devem elaborar um pequeno teste,
contendo no máximo dez questões, e trocá-los entre si.
Provavelmente haverá coincidências em algumas questões;
todavia, servirão de reforço positivo.
PONTOS IMPORTANTES PARA OBSERVAR
Seja qual for a técnica que você utilize para
estudar, saiba que a atitude mental, o ambiente e o material
contam muito. Os companheiros também ( quando usar a
técnica teatral ) devem ser escolhidos a dedo. Jamais
escolha pessoas desinteressadas ou demonstrem pouca
seriedade.
As brincadeiras fora de hora acabarão por
transformar o período de estudo num “recreio” permanente.
Caso não consiga bons resultados com um grupo de
parceiros, desista deles e procure outros. O que conta são
os objetivos e metas. Você se prepara para vencer num
concurso, e fará o que for necessário para atingir este
propósito.
Muitas pessoas dizem sempre que não têm tempo para
estudar, porém, se estiverem atentas aos momentos em que
passam diante de um televisor, na janela olhando o
movimento, conversando longamente ao telefone, ou
fazendo nulidades, descobrirão quanto tempo
desperdiçam. Procure empregar suas horas de folga para
estudar e se preparar para o concurso desejado. Saiba que
hora a hora, dia a dia, mês a mês o separam do dia D, no
qual estará sentado diante de uma prova cheia de perguntas
esperando por suas respostas.
Que vençam os melhores!
O que você deve fazer ou não fazer
antes, durante e depois das provas
Normalmente costuma-se pensar que o mais
importante é o que se faz antes e durante as provas de um
concurso, esquecendo-se do “depois”. Sem dúvida, o que
faz “durante” é que conta, mas, sem um bom “antes”, nada
poderia ter sido feito.
Vamos supor que você está a duas semanas da
data marcada para a grande prova do concurso. Você já
estudou todas as matérias, já revisou as partes que julga
mais importantes, e está preparado para enfrentar o dia
“D”. Será necessário tomar alguma precaução? Ou basta
esperar o dia da prova e mostrar no papel que é um dos
melhores candidatos? Bem, acho que isto não é tudo, mas
sim, quase tudo.
Vejamos agora as coisa que você deve fazer
antes das provas:
Ø
Na última semana faça um programa pessoal para
revisar os assuntos em que se considera mais fraco. Estude
durante um ou dois dias da semana, cada matéria do
programam. Caso uma semana seja pouco tempo,
programe então as duas últimas, para esta revisão geral.
Tire as dúvidas que ainda restarem com alguém mais
experiente;
Ø
Avise a seus familiares, amigos, enfim, a todas as
pessoas que convivem com você sobre o dia e hora da sua
prova, pois você poderá se distrair e esquecer, como não
raro ocorre com muitos candidatos. Alguns só lembram
quando sai o resultado. Para ficar mais seguro, faça o
seguinte: vá até uma agência dos Correios e passe um
telegrama pré-datado para si próprio com a observação
de que o telegrama deve ser entregue em determinada data
(que deve ser um dia antes da prova). Os Correios dispõem
desse serviço, e não custa mais do que um telegrama
comum. Uma sugestão de mensagem do seu telegrama: :
“AMANHÃ NÃO ESQUEÇA DA PROVA DO CONCURSO ÀS ...... HORAS”.
Esta é a maneira infalível de você não esquecer a data da
prova; os Correios nunca falham quando se trata de
telegramas pré-datados;
Ø
Na última semana que antecede a data do curso,
alimente-se bem, variando os alimentos. Coma bastante
proteínas, sais minerais e vitaminas. Leite, ovos, carnes,
cereais e frutas lhe fornecerão energias nervosas
suficientes para enfrentar o desgaste da prova. Não se
descuide da alimentação;
Ø
No dia anterior ao da prova, faça uma “sabatina”
consigo mesmo. Caso tenha elaborado perguntas que
abordem todos os assuntos, tente acertar todas. Peça a
outra pessoa que as faça a você. Com este instrumento
que, você reavivará na memória assuntos que a muito
tempo não estudava; e no
dia seguinte sua memória lhe devolverá se for o necessário;
Ø
Durma no dia que antecede a prova. Suas energias
devem estar no pico positivo;
Ø
Antes de dormir, leia alguma coisa que julgue
importante. Todas as coisas que pensamos antes de dormir
lembramos logo que despertamos;
Ø
Faça o exercício n. 02 do capítulo “A
superaprendizagem pela sugestão mental”, deste livro. Sua
mente ficará relaxada o suficiente para raciocinar com
eficácia no momento que estiver fazendo a prova;
Ø
Previna-se com lápis, caneta, borracha e outros
instrumentos que se fizerem necessários para a prova.
Calculadoras de bolso, ou régua com tabuada nem sempre
são aceitos em concursos. Você deve informar-se se
aceitam ou não. De qualquer modo, é bom estar prevenido
com material de reserva, para o caso de um deles falhar.
Faça uma checagem antes de entrar para a sala do
concurso;
Ø
Faça uma checagem no automóvel no dia anterior
ao concurso, principalmente se vai utilizá-lo. Soube de
candidatos que perderam o horário das provas por ficarem
retidos no trajeto, com o automóvel sem gasolina, pneu
furado e sem sobressalente etc. Evite os contratempos,
prevenindo-se e checando as possíveis falhas;
Ø
Antes no mesmo dia do concurso, vá até o local
onde as provas serão realizadas. Alguns candidatos, por
não obterem informação correta do local onde farão a
prova, acabam
chegando atrasados ou perdendo o concurso por pararem
em local errado;
Ø
Antes de sair para fazer a prova, faça uma
checagem nos documentos, principalmente o CARTÃO DE
INSCRIÇÃO e a CARTEIRA DE IDENTIDADE, pois sem esses
documentos você pode ser impedido de fazer o concurso;
Ø
Como último conselho, por favor, ponha um
despertador para acordá-lo com tempo de sobra, no dia
seguinte. Se tiver dois despertadores, coloque ambos para
despertar na hora desejada. Cuide para que um deles seja
de corda, pois alguns relógios ligados à corrente elétrica,
quando ocorre a falta de energia (mesmo por um segundo),
desregulam o horário programado para despertar. Previna-
se contra os golpes do destino.
É natural que você já conheça muitas dessas
recomendações, porém nunca é demais falar sobre elas.
Vejamos agora o que você não deve fazer antes das provas:
Ø
Não viaje nos dias que antecedem ao dia da prova.
Pode haver algum contratempo impedindo-o de chegar
no momento exato ou com folga para checar os itens
importantes;
Ø
Não coma demais no dia que antecede a sua prova.
Saiba que distúrbios intestinais e diversos mal-estares
conseguem eliminar muitos candidatos, antes mesmo de
sentarem-se na cadeira para fazer prova. Evite comidas
gordurosas, pesadas ou aquelas que você não tem hábito
de comer. Ir para um pronto-socorro, logo no dia do
concurso ... não é algo agradável.
Ø
Não durma tarde na noite que antecede o dia do
concurso. Lembre-se que suas energias devem estar no
ponto máximo, e o sono é importantíssimo para que isso
ocorra;
Ø
Não tome nenhuma bebida alcoólica, nem
calmante de espécie alguma, principalmente se não é uma
prescrição médica para aquele dia. O entorpecimento do
seu sistema nervoso não ajudará ao seu raciocínio, que se
tornará lento, e você tenderá a fazer confusões perigosas
no momento de responder as questões;
Ø
Drogas, orgias sexuais, ou qualquer outra coisa
que provoque desgaste físico e psicológico devem ser
evitadas ao menos um dia antes do concurso;
Ø
Evite aborrecimentos, discussões e contrariedades
no dia anterior ao da prova. Sua mente precisa estar feliz,
segura e autoconfiante;
Ø
Saia de casa o mais cedo possível para evitar
engarrafamentos, acidentes inesperados, e a conseqüente
perda do horário estabelecido como limite para os
candidatos chegarem ao local da prova. Esta é uma
recomendação muito importante. Quando você tem pressa,
costuma esquecer as coisas, provocar confusões etc. Evite
estas coisas. Não saia tarde de casa, se quer ter tempo
para relaxar;
Ø
Não fume antes do início da prova. Algumas
pessoas ficam nervosas e fumam sem parar.
Psicologicamente pode ter algum efeito positivo, mas na
verdade os efeitos na memória são negativos. Se puder
não fumar, não fume.
Vejamos agora o seu comportamento durante a prova:
Ø
Relaxe (exercício n. 02 do capítulo “A
superaprendizagem pela sugestão mental”). Assim que
tomar seu lugar, inicie o exercícios de relaxamento, até o
instante em que começarem a distribuição das provas;
Ø
Esteja atento às instruções dadas pelos
orientadores do concurso quanto ao tempo máximo de
cada prova;
Ø
Confira as questões da sua prova, verificando se
estão em ordem, legíveis e completas;
Ø
Não inicie apressadamente a responder as questões
da sua prova, verificando se estão em ordem, legíveis e
completas;
Ø
Não inicie apressadamente a responder as
questões. Em geral o tempo regulamentar dado para
realização da prova é suficiente para respondê-la. Tenha
calma; relaxe;
Ø
Vá respondendo as questões de que se lembre. Não
deixe para depois aquilo que se tem absoluta certeza
lembrar como certo. As perguntas que não souber a
princípio, deixe para o final;
Ø
Não marque a resposta certa no cartão de respostas
(se for prova objetiva) simultaneamente à resolução das
questões. Deixe para marcar as respostas numa última
etapa;
Ø
Leia e releia com atenção cada pergunta. A pressa
leva cerca de 10% dos concorrentes a errarem as questões
muito fáceis. Só depois de ter certeza de que entendeu a
pergunta, dê a resposta;
Ø
Não “cole” num concurso, mesmo que você não
saiba responder algumas questões. Evite perder a sua
prova caso um fiscal perceba sua manobra desonesta;
Ø
Não dê “cola” ou facilite para seus concorrentes
façam leitura das suas respostas. Lembre-se de que um
concurso é um teste pessoal e não uma prova de equipe.
O risco de ser flagrado por um fiscal e perder a sua prova,
por estar “fazendo o bem”, é muito grande. Deixe suas
virtudes de “bom samaritano” em casa, ou para outras
ocasiões menos arriscadas;
Ø
Quando se tratar de prova de redação, faça-a
primeiro numa folha de rascunho. Agindo assim, você
terá oportunidade de fazer revisões ortográficas etc;
Ø
Ao fazer as famosas “continhas” numa prova de
matemática, não confie no primeiro resultado. Faça se
possível (se perceber que tem tempo), um cálculo duas
vezes. Ao fazer isso, você evitará erros banais que
prejudicariam seu bom resultado;
Ø
No momento que marcar as respostas certas no
cartão de respostas (se houver) , faça-o com cautela,
conferindo a numeração da prova com a do cartão ou folha
de resposta. Evite erros provocados pela afobação e falta
de atenção;
Ø
Não queira ser o primeiro a entregar a prova. O
concurso é para testar os seus conhecimentos sobre as
matérias dadas no programa, não para testar sua agilidade
em responder as provas. Lembre-se de que a pressa é uma
terrível inimiga da perfeição;
Ø
Controle o tempo que gasta na sua prova. Se deixar
muitas questões para o final, ou perder muito tempo
tentando resolver uma única, acabará tendo que “chutar”
respostas. Esteja atento ao tempo que resta; só assim
conseguirá um bom rendimento dentro do horário previsto;
Ø
Antes de entregar a prova, verifique se assinou
corretamente, são muitos os candidatos que têm as suas
provas anuladas por nela não constarem dados que
identifiquem o candidato;
Ø
Preencha os espaços destinados a sua identificação
(nome, número, cargo etc) com cautela, para que sejam
corretos. Use sempre a caneta para preencher estes dados,
a menos que seja exigência do concurso o preenchimento
a lápis. Escrever a caneta é sempre uma garantia a mais;
Ø
Ao marcar em cartões de respostas que serão
usados num computador para leitura, ou cartões
perfurados, use o material adequado e evite deixar uma
questão sem resposta;
Ø
Alguns concursos (vestibular, por exemplo) usam
as respostas erradas para contagem de pontos negativos.
Se tiver certeza de que usarão este critério, não dê
respostas, a menos que esteja absolutamente certo delas;
Ø
Em provas onde a avaliação é feita contando-se
as respostas certas, então nunca deixe questões em branco.
Arrisque o “chute”, pois desse modo poderá acertar
algumas que seriam perdidas no caso não as marcasse.
Bem, você já fez a sua prova, e agora? Será que precisa de
algum outro sacrifício? Ou será que já pode comemorar? Não,
ainda não. Você pode até ficar feliz por ter conseguido bons
resultados, mas também outros candidatos também o estejam.
Que vença o melhor. Mas, logo que passe a aflição da prova,
qual deve ser seu comportamento? Veja então o que você deve
fazer depois da prova:
Ø
Informe-se da provável data que darão o resultado
do concurso, pois caso você não seja chamado por
telegrama, saberá procurar informações no momento
certo; nem muito antes nem muito depois;
Ø
Caso o concurso seja dividido em etapas, saiba
qual é a etapa seguinte (digitação, estenografia, condução
de veículos, operação de máquinas e equipamentos, testes
de aptidão física, etc.) e prepare-se para elas;
Ø
Continue cuidando da sua saúde, pois chegará um
dia onde você deve mostrar um corpo sadio e bem cuidado.
Todos os concursos públicos fazem um exame de saúde.
Normalmente pedem exames de urina, fezes, sangue. São
muitos os candidatos que não passam nestes exames. O
ideal é cuidar da saúde, indo a um clínico geral para ver
se há alguma coisa errada. Alguns concursos fazem
exames oftalmológicos (vistas). Se você tem alguma
deficiência auditiva ou visual, é bom consultar um
especialista antes do exame de saúde. Uma boa
alimentação evitará anemia;
Ø
Verifique se seus documentos, tais como
certificados de conclusão de cursos, carteira profissional,
e outros que serão necessários para sua efetiva contratação
ou ingresso no órgão desejado, estão em ordem. Por falta
de apresentação em tempo hábil de documentos exigidos,
muitos candidatos aprovados acabam perdendo a vaga;
Ø
Nunca é desnecessário alertar para que você esteja
ciente dos prazos limites para a apresentação de
documentos, ou comparecimento ao órgão no qual prestou
concurso. Compareça nas datas marcadas e nos horários
certos. Seja pontual.
Fazendo todas estas coisas, seguindo estas
recomendações de modo concreto, se de fato estudou com
dedicação, é quase certo de que seu nome estará na relação
dos aprovados.
Faça uma lista que julga fundamental realizar
antes, durante e depois das provas, e esteja sempre checando
a sua lista. Pode ser que você tenha uma boa memória, mas
o esquecimento é algo natural e humano. Evite esquecer as
coisas essenciais, por isso, tome nota.
Mesmo que você tenha consciência de haver feito
uma boa prova, não saia espalhando isso por aí aos quatro
ventos, pode decepcionar-se gratuitamente no futuro. Um
concurso, principalmente quando é importante, atrai
centenas e até milhares de candidatos. Todos querem ser
aprovados, e o empenho para conseguir isso é igual ou às
vezes superior ao seu. Leve em consideração os seguintes
fatos:
1. Para você ser aprovado, é necessário ter obtido
um número de pontos acima da média;
2. Haverá sempre um limite de vagas a serem
preenchidas. Você pode ter errado apenas uma
ou duas questões, mas, se haviam dez vagas, e
dez pessoas não erraram uma só questão, você
certamente ficará de fora. Mesmo consciente
de que fez uma boa prova, deixe a euforia para
o dia do resultado.
E SE VOCÊ FOI UM VENCEDOR...
PARABÉNS O MÉRITO É TODO SEU.
Boa sorte!